quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Why can i be me

de John Romão
3, 4 e 5 Fev. 2006 / 22h
Incrível Almadense (Almada)




Eu acredito que o teatro pode ser útil socialmente. Ele não existe apenas para divertir ou distrair, nem é apenas um elemento cultural. Ele tem uma acção social concreta, e é este mecanismo que me interessa; um teatro que analise de forma directa e clara temas de uma contemporaneidade viva, que ou não são comentados porque já são parte integrante da nossa vida (fruto do processo de socialização-domesticação), ou porque não temos o poder para falar deles. Para o público, não é habitual mas isso pode trabalhar sobre a sua sensibilidade, conduzi-lo para outras estéticas, outras formas de entrever a realidade; “Não faço uma arte política. Faço arte politicamente” (Thomas Hirschon). Aquilo que me interessa é compor objectos teatrais onde coabitem elementos do quotidiano que as pessoas reconhecem como sendo delas, os quais participam diariamente nas suas vidas, como é o caso do supermercado. E ofereceres-lhes novos significados. Uma carga que ultrapassa em grande parte o entendimento lógico daqueles objectos e acções/acontecimentos. Uma “perca de funcionalidade aparente” – é por este caminho que me interessa evoluir. Quero que o sujeito dos objectos passe do plano funcional a um outro, como se aqueles conteúdos, cores, formas e texturas ganhassem vida e tivessem eles próprios um poder decisivo, uma expressão autónoma.

do programa

WHY CAN I BE ME [in almada]
3, 4 e 5 / Fev. 2006
22h
Incrível Almadense (Almada)

informações: 969076991 / 960078711

Direcção: John Romão Com: Cláudia Chéu, Cláudio da Silva, John Romão e Nyma Participação especial: Banda da Academia Almadense Desenho de luz: Celestino Verdades Vídeos: John Romão Realização e montagem vídeo: Maciej Michalski Produção: Joana Camacho


Ler critica à 1° versão do espectaculo

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