domingo, outubro 09, 2005

Festival Temps d'Images (Lisboa)



Começou na passada quinta-feira, o6 de Setembro, em Lisboa a 3ª edição nacional do Festival Temps d'Images, uma organização conjunta do canal de televisão franco-alemão ARTE e o centro cultural La Ferme du Buisson. Este festival, que reúne a participação de 9 países (França, Bélgica, Itália, Alemanha, Hungria, Letónia, Polónia, Estónia e, pela primeira vez se estende para fora da Europa, apresentando-se em Montreal), "é uma janela aberta para a criação em movimento - imagem e palco, campo e contra campo. 'Nada é lido e aprovado' - inquestionável, tudo é questionável e questionado".

Em Portugal, o festival é produzido pela Duplacena e apresenta-se em diversos espaços da capital: CCB, Teatro Nacional D. Maria II, Culturgest, ZDB e Museu do Chiado. A programação inclui criadores vindos da dança, do teatro, da performance ou da música. A presença portuguesa é este ano mais forte, muito em virtude de "haver menor sensibilização para os artistas portugueses, somada a um desconhecimento do que por aqui se faz. «Somos os que circulamos menos, muitos dos programadores não sabem o que se passa por cá. [...] É um processo complicado e precisa de tempo»", disse António Câmara Manuel, o director artístico do festival, ao jornal Expresso (01 Outubro).

O Melhor Anjo destaca Senso, um projecto conjunto de Carlos Pimenta, Luciana Fina e Mónica Calle, a partir da obra que inspirou o filme de Luchino Visconti (07 a 16, no TNDMII), Evil/Live - Live/Evil, de Francisco Camacho (13 e 14, Culturgest) e Set Up, de Rui Horta (14 a 16, CCB). Na programação internacional, destaca-se El caso del espectador, da espanhola María Jerez (11 e 12, ZDB), Sand Table, de Magali Desbazeille e Meg Stuart (14 a 16, CCB) e Bistouri, uma proposta de marionetas belga do Tof Theatre (11 a 16, CCB). Isto para além dos ciclos de vídeo: Ciclo Arte (08 a 16, CCB), onde se mostrarão obras de coreógrafos como Bill T. Jones, Rui Horta, Alain Platel ou Sasha Waltz; e o ciclo O corpo é uma projecção (10 e 13, CCB) , comissariado por Liliana Coutinho, onde "se prossegue na abertura de um espaço de contacto entre as práticas performativas actuais e os seus antecedentes históricos". Para além destes destaques há um concerto, exposições, estaleiros e outros espectáculos. A programação pode ser consultada aqui.

O Melhor Anjo vai acompanhar algumas das apresentações do festival através da publicação de análises críticas. Será feito um dossier que reunirá todos os textos que ficará disponível na coluna da direita.

Ler aqui uma petição para a reintrodução do canal ARTE no pacote normal da TvCabo.

Todas as citações, à excepção do jornal Expresso, foram retiradas do programa

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