PODER
pela Companhia de Teatro de Almada (Portugal)
Teatro Municipal de Almada (Almada)
17h00
Na peça Poder, de Nick Dear, assistimos a um combate feroz, em plena Corte de Luís XIV, entre caciquismo e arrivismo. (...) Numa altura em que parecemos viver tão obcecados pela Justiça, Poder suscita-nos algumas reflexões não sósobre o acto de julgar, mas também sobre a justeza das condenações e aclamações consoante as circunstâncias. (...) Caciquismo/Arrivismo, Arrivismo/Caciquismo, Caciquismo/Arrivismo: se condenamos os poderes instalados e corruptos, o que dizer então daqueles que não olham a meios para ascender na escala social, passando por cima de quem quer que seja, alegando actuar em nome de conceitos como a Moral e a Justiça? O texto de Poder coloca-nos este difícil dilema, cuja resposta cabe a cada um de nós encontrar, se é que tal resposta existe. Se não fica bem enganar alguém em nosso próprio proveito, a perseguição obcecada do erro e a frieza dos números também não são do agrado de todos. Nick Dear mostra-nos o quão fina é a linha que separa o Bem do Mal, bem como a complexidade que existe no acto de julgar. Sugere-nos que Bem e Mal talvez não sejam conceitos tão distintos quanto o poderíamos ter imaginado àpartida, e que talvez coabitem dentro de cada um de nós, num equilíbrio frágil. E que se calhar é esse frágil equilíbrio que nos vai tornando a todos um bocadinho mais humanos.
Rodrigo Francisco
Poder
Autor: Nick Dear. Tradução - Rui Romão Encenação - Joaquim Benite Colaboração coreográfica - Jean Paul Bucchieri Figurinos e cenografia - Maria João Silveira Ramos Direcção musical - Maestro Fernando Fontes Luz - José Carlos Nascimento Intérpretes: Teresa Gafeira (Ana de Áustria); Rui Neto (Filipe de Orleães); Bruno Martins (Luís XIV); Marques D'Arede (Nicolas Fouquet); Joana Fartaria (Henriqueta de Inglaterra); Francisco Costa (Jean-Baptiste Colbert); Kjersti Kaasa (Luísa de La Valliére)
Este espectáculo repete dia 08 às 16h00 no Teatro Municipal de Almada,
Amanhã, dia 06 às 18h00, no Teatro Muncioal de Almada, decorre um debate com o autor Nick Dear, sobre a sua obra e o teatro inglês contemporâneo, moderado por Maria Helena Serôdio.
No foyer do Teatro Municipal de Almada decorre uma exposição sobre o contexto político e social da peça.
Bilhetes:
Bilhete normal: 13€ / Bilhetes com desconto (menos 25 anos, mais 65 anos): 7€
Ler aqui a crítica de Pedro Manuel ao espectáculo, publicada neste blog a 12 de Abril
AGATHA CHRISTIE
pelo Teatro Praga (Portugal)
Culturgest (Lisboa)
21h30
A obra de Agatha Christie, como a da maioria dos escritores de romances policiais, apoia-se numa descrição e análise cabal do estilo mobiliário (Walter Benjamin, Rua de Sentido Único) que determina a acção. Ter de acontecer algo nalgum lugar é a base de todo este tipo de literatura que determina um consentimento implícito do leitor, que se deixa levar por algo que de todo não controla e que só serve para o espantar e a obra de Mrs. Christie não é excepção: uma técnica literária, de senso comum, muitas vezes considerada menor.
O espectáculo do Teatro Praga pretende ser um gesto de mão esquerda desse mesmo método. Um espectáculo de travestis and ordeals, twists and loops, de Sucessos e Fracassos. Não é, contudo, a história de uma velhota do countryside inglês que é assassinada por...si mesma, mas sim a sua exposição teatral.
Teatro Praga
Mais documentação aqui.
Agatha Christie
Co-criação e interpretação: André Teodósio, Carlos Alves, Cláudia Gaiolas, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Patrícia da Silva, Paula Diogo, Pedro Penim, Sandra Simões e Sofia Ferrão | Design Gráfico: Triplinfinito | Fotografias: Ângelo Fernandes e Sofia Ferrão | Desenho de Luz e Direcção Técnica: Daniel Worm dAssumpção | Direcção de Produção e Promoção: Pedro Pires | Co-produção: Teatro Praga, Culturgest
Duração: 02h15
Idioma: Português
Repete dias 06, 07 e 08 sempre às 21h30.
Nos dias 05 e 08 haverá uma conversa com o Teatro Praga a decorrer depois do espectáculo.
Bilhetes:
Jovens até 30 anos: 5 € / Outros: 12 €
Mais informações aqui.
A CADEIRA
pelo Teatro da Cornucópia (Portugal)
Teatro do Bairro Alto (Lisboa)
21h30
A Cadeira é uma das mais recentes peças de Edward Bond.
Uma cidade no ano 2077. Tudo é policiado. As crianças têm de ser entregues às autoridades logo à nascença. Alice encontrou um bebé abandonado num caixote do lixo. Trouxe-o para casa. Escondeu-o durante 27 anos. Um dia em que espreitou pela janela e pensou reconhecer a sua própria mãe numa prisioneira que era levada por um soldado, desobedece e desce àrua com uma cadeira para o soldado se sentar e falar com essa mulher. O soldado desobedece também e aceita a cadeira. Será acusado. Acaba, em pânico, por matar a prisioneira. Do incidente resulta que Alice éinvestigada e descoberto o rapaz clandestino. Alice acaba por enforcar-se. Billy fica sozinho e sai para a rua pela primeira vez. Quando espalha as cinzas de Alice num parque de automóveis, à noite, é apanhado e morto pela vigilância do parque. Um homem-criança é confrontado com um mundo monstruoso. Com a antevisão de um futuro de horror em que todos os comportamentos são programados e a compaixão é impossível, Bond acusa a desumanização da sociedade do nosso tempo. A sua escrita é agora a da mais radical depuração.
Teatro da Cornucópia
A Cadeira
Autor: Edward Bond Tradução e EncenaçãoLuís Miguel Cintra Interpretação Catarina Requeijo, Dinis Gomes, Luísa Cruz e Paulo Moura Lopes Cenário e figurinos Cristina Reis Desenho de luz Daniel Worm d'Assumpção Som Vasco Pimentel
duração: 1h30
Idioma: português
O espectáculo repete até dia 17 de Julho, terça a sábado às 21h30 e domingos às 17h00
Bilheteira:
Bilhete normal: 13€ / Bilhete com desconto (menos 25 anos, mais 65 anos): 6,5€
Mais informações: 21 396 15 15
AS REGRAS DA ARTE DE BEM VIVER NA SOCIEDADE MODERNA
pelos Artistas Unidos (Portugal)
Teatro Taborda
21h30
Basta saber, em qualquer circunstância, que há uma solução, uma explicação para os problemas, pois a vida mais não é do que uma longa série de problemas ínfimos, para os quais cada qual tem de ter uma resposta.
Nascer não é complicado. Morrer é muito fácil. Viver entre estes dois acontecimentos não é necessariamente impossível. Para se adaptar, basta seguir as regras e aplicar os princípios, e saber que para toda e qualquer circunstância, existe sempre uma solução, uma forma de reagir e de se comportar, uma explicação para os problemas, porque a vida é apenas e somente uma longa lista de ínfimos problemas, e cada um necessita e deve obter uma resposta. Trata-se de conhecer e de aprender, desde esse instante imediatamente mundano que é o nascimento, a desempenhar o seu papel e a respeitar os códigos que regem a existência. Finalmente, basta controlar as mágoas, chorar em quantidade suficiente e relativa, avaliar a importância da dor e sempre, nos momentos mais difíceis da vida, saber exactamente que lugar lhes concedemos.
Artistas Unidos
As regras da arte de bem viver na sociedade moderna
Autor: Jean-Luc Lagarce Tradução Alexandra Moreira da Silva Encenação: Andreia Bento Interpretação Isabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e João Calvário Figurinos Rita Lopes Alves e Luz Pedro Domingos Assistência de encenação Pedro Carraca
Duração: 01h10
Idioma: Português
Bilheteira:
Bilhete normal: 8€ / Bilhete com desconto (menos 25 anos, mais 65 anos): 5,5€
Este espectáculo repete nos dias 06, 07, 08, 09, 10 e 15, 16 e 17 sempre às 22h00
No dia 09, no Teatro Municipal de Almada às 14h30, decorrerá uma conversa sobre a obra de Jean-Luc Lagarce e o teatro francês contemporâneo com a presença de Albero Seixas Santos, Açexandra Moreira da Silva, Andreia Bento, François Berreur, Jean-Pierre Han, Jorge Silva Melo e José Martins.
Actos Complementares:
Exposições:
DO PALCO À FOTOGRAFIA
de JORGE GONÇALVES
GALERIA MUNICIPAL DE ARTE (ALMADA)
De 19 de 31 Maio a de Julho.
De Segunda a Sexta das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.
Sábados das 14h00 às 18h00.
ARTUR RAMOS - EXPOSIÇÃO DOCUMENTAL
ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA (ALMADA)
De 4 a 18 de Julho.
Todos os dias das 17h00 às 24h00.
JAIME SALAZAR SAMPAIO - EXPOSIÇÃO DOCUMENTAL
TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA (ALMADA)
De 4 a 18 de Julho.Todos os dias das 17h00 às 24h00.
PODER
COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA
TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA (ALMADA)
De 4 a 18 de Julho.Todos os dias das 17h00 às 24h00.
O VAGAR DO TEMPO
de ARMINDO CARDOSO
ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA (ALMADA)
De 4 a 18 de Julho.Todos os dias das 17h00 às 24h00.
Mais informações sobre bilhetes e assinaturas ver aqui.
Toda a programação do 22º Festival de Almada pode ser consultada aqui.
Ver aqui o dossier Ocupar o coração - O Melhor Anjo no 22º Festival de Almada (em construção)
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