sexta-feira, junho 24, 2005

Pequenas discriminações

Eu sou um gajo cheio de sorte. Directamente nunca fui alvo de qualquer discriminação ou preconceito face às opções sexuais. Menos ainda das subliminares. Hoje recebo uma carta do administrador do meu condomínio, a propósito de um outro assunto que nem me diz respeito mas a incompatibilidades entre ele e alguém do prédio e, a páginas tantas escreve:

(...) Também gostaria de esclarecer com a Srª Dª. ... [minha mãe] e com o Sr. Tiago, seu filho, quando é que eu me meti com o Sr. Tiago (Não me levem a mal, mas eu nunca gostei, nem gosto, de pessoas do mesmo sexo) ou eventualmente, (pois não ouvi o que o condómino disse), terei sido agressivo ou mal educado para com o Sr. Tiago" (...)

Contextualização: certa semana, em que era da minha responsabilidade colocar o caixote do lixo na rua, decidi fazê-lo mais cedo uma vez que não estaria em casa à hora "que me compete" (19h às 20h). Vai daí, encontrei o administrador do condomínio que não percebeu porque o fazia, ao que eu respondi que me recusava a submeter à ditadura do caixote do lixo, e que se tinha lixo para por na rua não era por não estar em casa que não iria cumpri com as minhas obrigações. Neste jeito que é o meu, disse-lhe para encontrar outras preocupações que não os horários do caixote do lixo.

Eis a vingança, mal comparada.

Naturalmente fui-lhe perguntar porque escrevera tal coisa numa carta onde não referia outros nomes relativamente aos problemas que diz ter no prédio, mas não se coibía de ser infeliz comigo. Disse que era uma expressão. Pois...

1 comentário:

Anónimo disse...

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