terça-feira, setembro 07, 2004

espanha - madrid (tomo IV)

1. toros

no domingo fui a uma tourada. em espanha, sê espanhol. pois. a coisa tem tanto de sub-humano quanto de exemplo para a justificaçao da estupidez do homem. razao tiveram os touros que, apesar de irem morrer (e como o sentem eles. impressionante!! cada um parece que vem vingar a morte do anterior) se recusaram a enfrentar os bandarilheiros, os picadores e os toureiros propriamente ditos.
o ritual que se executa numa tourada, do mais próximo que podemos encontrar do espírito espanhol, é pleno de simbolismo, arrivismo, prepotência, supremacia e necessidade de demonstraçao das forças de poder.
o mais impressionante nao é portanto a morte do touro (depois da primeira sao todas iguais e comparadas a atentados humanos contra inocentes sao brincadeiras de crianças), mas antes a forma como todos se unem num jogo de perpétuos enganos. nos dias que correm nem as touradas servem o espírito espanhol nem tao pouco podem ser consideradas um espectaculo. de coisa falsa feita para turista ver (contavam-se pelos dedos de poucas maos os espanhóis que assistiam à corridas soam, ainda assim, muito mais honestas que as corridas à portuguesa em que o touro morre às escondidas. ao menos aqui a coisa é levada até ao fim. justificam-se assim as críticas e as defesas.
e a pouca assistencia deve justificar a perda de interesse.

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