Se a remodelação deste governo era coisa inevitável, com a subida ao poder de Santana Lopes, não se trataria de uma remodelação, mas antes da formação de um novo governo. Se para alguns isso é desejável, para outros significa um retrocesso num percurso que, disseram-nos, serviria para a criação de melhores condições de vida.
Já para não falar da legitimidade em se pedir contas a alguém que não foi eleito. Os analistas reafirmam a ideia de que os portugueses não votam em nomes, mas em partidos, quando o fazem para as legislativas. Mas, os analistas sabem que quem dá a cara pelo programa de governo é quem será indigitado. Eu votei no PSD porque sabia que era Durão Barroso a ser eleito (um mal menor quando comparado com o cinzentismo do PS, colado a uma imagem de desistência). Não o faria se fosse outro candidato. Não o faria, certamente, se fosse Santana Lopes. Que dizer a esses portugueses, então?
Os títulos de jornais tem sido evidenciadores da intriga palaciana instalada em Portugal. Os termos "entregar", "dar", "oferecer" o governo a Santana Lopes permite ler que o governo de um país é algo que se pode deixar sem grandes consequências. Durão Barroso pode estar certo que irá pagar caro se optar pela Comissão Europeia. Ele, o PSD e, claro, os portugueses.
Do lado do PS ainda não foi revolvida a terra do pior guterrismo e isso não augura um bom futuro, caso este partido vencesse as eleições agora. Durão, deve, por isso, uma explicação ao país e deve assumir se está ou não tentado a aceitar o cargo. Deve isso a quem o elegeu. Deve isso a todos os portugueses que se sacrificaram estes dois anos (é certo que se sacrificaram agora, depois de um despesismo absurdo).
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1 comentário:
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