Pequenos apontamentos à margem (das árvores) I
- o post de JPP sobre o concurso do IA, com relação ao Euro 2004 é imperceptível de um posto de vista intelectual e orgâncio, visto o Euro 2004 ser tanto mais fácil de entender enquanto, somente, elemento agregador de outraas formas de exportação cultural. Vejo-me, aqui, na posição incómoda, de concordar com o princípio de organização de um concurso de outras artes que, literalmente, se "cole" ao futebol para que este - e não o contrário - se torne menos opressor do país.
O facto de ser por pouco tempo, ainda que ache pouco realista, deverá ter a ver com a escassez de verbas. E antes rápido e premeditado que não concretizado. Resta acreditar que o IA vai ter verbas para a causa. A crer nas últimas entrevistas do novel director, tudo pode não passar de uma falácia. E aí, em vez de se dar razão a JPP, há antes que pedir desculpa aos interessados.
Uma palavra final para esta coisa da "subsidio-dependência": se tudo é subsidiado neste país - e noutros também - porque é que é só a cultura que leva porrada? Se a lei do mecenato não funciona, se não há uma tradição de benfeitorias, se o país vive de pequenas e médias empresas que não podem investir, de que é que irão viver os que fazem outras coisdas menos mediáticas? A JPP fica-lhe mal tamanho papel censório.
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