segunda-feira, outubro 13, 2003

Geração enformada

Tenho, para mim, a ideia de que a utilização do regulamento do Big Brother e demais exemplos televisivos nos manuais escolares não é um efeito perverso se for levado no sentido certo. Ou seja, é tanto mais relevante se o exemplo de um regulamento é o do programa de televisão ou a constituição portuguesa. Não pode é existir um sem o outro e, sobretudo, se a intenção é utilizar os conhecimentos que os alunos trazem de casa, então que se utilizem para estudar fenómenos de popularidade, efeitos perversos da fama, o papel dos média na substituição dos educadores... Tratar os alunos como imbecis, dando-lhes exemplos que possam reconhecer sem esforço é q está errado.

A substituição de conceitos e conhecimentos fundamentais para qualquer pessoa por outros que em pouco vão contribuir para o alargar de conhecimentos, em nada os vai ajudar a tornarem-se melhores cidadãos. E essa é a função da escola. Não é facilitar o trabalho aos alunos. É construir com eles um percurso.

Por isso me parece que se está a fugir ao lado da questão que, para mim, será: porque é que foi necessário ir buscar o Big Brother para explicar o que é um regulamento (e este é um exemplo entre tantos)

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