O último congresso organizado pela Associação Internacional de Críticos de Teatro decorreu em Seul, na Coreia do Sul, no passado mês de Outubro 06. O objectivo era comemorar os 50 anos da AICT e preparar os próximos cinquenta. Para isso, e para além de papers vindos de vários pontos do mundo que reflectiram sobre Nova Crítica e Teatralidade, foram convidados alguns jovens críticos que tivessem já estado presentes em seminários anteriores.
Vindos da Escócia, Irão, Estados Unidos, Suécia, Taiwan, Japão, Coreia do Sul, Roménia, Quebéc, Índia, Canadá, Rússia e Portugal (eu próprio), os críticos apresentaram ao Congresso várias propostas no domínio da ética, pluralidade, qualidade e género, reflectindo a partir das suas próprias experiências e esperando que, futuramente, essas considerações possam ser tomadas em conta, tanto pela IACT como pelas delegações nacionais. Essa "carta aberta" pode agora ser lida na 1ª newsletter criada por este conjunto de críticos, disponível no site especialmente criado para o efeito. O texto acompanha ainda breves críticas que dão conta de escolhas feitas a partir de espectáculos que os críticos viram, ampliando internacionalmente uma noção de rede discursiva informal.
No primeiro número, dedicado a Dezembro 06/Janeiro 07, escreve-se sobre Howard Barker na Escócia, Romeo Castelluci em Paris, um projecto de 365 peças da mesma autora que se apresentam em 700 teatros nos EUA simultaneamente e uma peça taiwanesa que mistura ópera, pop e história nacional. Mas também da Geórgia, ex-região da URSS, vista por um grupo de performers russos, de Rodrigo Garcia em Bucareste, da adaptação teatral em Nova York da primeira peça da Prémio Nobel Toni Morrison e de um festival no interior da Índia. A lista de colaborações termina com a crítica a uma peça sueca que retrabalha o género, e ainda o fetichismo de Marie Brassard mostrado na província de Ottawa, no Canadá.
Uma volta ao mundo (teatral) que se espera ampliada e, na medida do possível, mensal, através de textos que levantam questões, marcas posições e tentam encontrar o lugar do crítico no vasto universo performativo internacional.
4 comentários:
Some other participant country was Romania, thank you very much :)
yes, you're right. I wrote Bulgaria instead of Romania. Sorry.
ai, ai...
ai, ai...
Enviar um comentário