sábado, novembro 18, 2006

Leviathan Thot, de Ernesto Neto, ocupa Panteão Nacional



A imensa instalação que o escultor brasileiro Ernesto Neto concebeu para o Panteão Nacional em Paris (ver foto da ocupação no fim do post), a convite do 35º Festival d'Automne, recebeu o nome de dois mitos clássicos, Leviathan Thot. Retirado do Livro de Job, Leviathan é um monstro do qual as escrituras sagradas falam sem se saber onde acabava ou começava. Thoth é o nome de um mito grego que serviu de mediador entre várias batalhas. Para Neto a combinação destes dois nomes, que ele sugere serem lidos sem pausa para ampliar a sonoridade e o movimento do nome, só "encontrará a sua identidade a partir do equilíbrio resultante do conflito entre gravidade e matéria... até à imobilização". A escultura, que se assemelha a um abundante choro suspenso nas naves do Panteão, é composta por mangas de tecido que são depois ocupadas por esferovite, lavanda e areia. No coração da escultura permanece, intacto, o pêndulo de Foucault, obra da racionalidade e que dialoga com o caos de Levianthan Thot até 31 de Dezembro, em Paris.


1 comentário:

Francisco Valente disse...

É, de facto, bastante impressionante.