Atelier Real
Hoje às 18h00
Facilitadores: João Fiadeiro assistido por Marie Mignot, Pedro Costa (convidado pela REAL), João Fernandes (convidado pelo artista).
Sobre os LAB
Desde a sua primeira edição no Centro Cultural Malaposta em 1993, o LAB experimentou vários formatos. Passou de plataforma/festival de descoberta de jovens criadores e de encontros artísticos inéditos e improváveis (trans/pluridisciplinares) para, nos últimos anos, apostar num claro e inequívoco investimento nas noções de residência e de acompanhamento artístico. O LAB passou assim de um espaço de apresentação de works-in-progress ou de performances, para se dedicar à experimentação de dispositivos e à análise crítica de materiais. Essas evoluções fazem parte da identidade do LAB e reflectem as necessidades com que os artistas se confrontam diariamente na sua prática.
O presente modelo do LAB estabilizou-se num desenho em que se dá ênfase ao acompanhamento dos artistas em residência através da presença de “facilitadores” e onde se desenvolve uma abordagem muito específica à ideia de “formação artística”. Pensamos que os artistas que hoje se encontram numa fase de dúvida e à procura de afirmação, precisam não só de um espaço de apresentação mas também de um apoio metodológico e pragmático. Com o acompanhamento desses “facilitadores”, os artistas em residência têm a oportunidade de ver os seus trabalhos serem questionados, problematizados e dinamizados por artistas experientes e críticos. Trata-se de uma relação dura, franca e directa. Estamos convencidos de que é apenas desse modo que se podem desenvolver as condições necessárias para que os artistas ganhem confiança nos seus potenciais e desenvolvam um espírito crítico em relação aos seus processos criativos.
Para esta 12ª edição do LAB, a RE.AL convidou o cineasta Pedro Costa para integrar, juntamente com o coreógrafo João Fiadeiro, a equipa de “facilitadores” que acompanhará cada um dos projectos. O Núcleo de Investigação da RE.AL (NIR) acompanhará igualmente o processo de trabalho, numa estratégia de encontro, contaminação e cruzamento que queremos desenvolver. Cada residência tem uma duração de três semanas e acaba com uma apresentação pública, seguida de um debate/conversa onde os espectadores podem aprofundar os enunciados construídos pelos artistas e/ou “facilitadores”.
Gustavo Sumpta
Nasceu em Luanda (Angola) em 1970.
Iniciou a sua formação de intérprete no curso profissional do Ballet Teatro Contemporâneo do Porto. É fundador do Pogo Teatro com o qual colaborou até 1999. Enquanto performer participa nos projectos Existência de João Fiadeiro e Pedro Costa. Paralelamente ao seu trabalho de intérprete, expõe como artista visual desde 1999. Dos seus trabalhos mais recentes, destacam-se as exposições colectivas, Boa Noite, Eu Sou a Manuela Moura Guedes e Travel [Plataforma Revólver para a Arte Contemporânea, Lisboa], Toxic, O Discurso de Excesso com Vitória, vitória, acabou-se a história [Produzido pelo Plano 21, Fundição de Oeiras]; Correi Lágrimas minhas, disse o Polícia, na Galeria ZDB, e na mostra realizada a convite do Salão Olímpico, no espaço AC, em Lisboa. Em 2003, a convite da RE.AL e da sua participação no LAB10, começa a conceber e interpretar peças performativas. Em 2004, cria O melhor dos mundos possíveis e A dúvida está a desaparecer do mundo. Matamo-la como matamos os homens que duvidam. É mais seguro. na Galeria ZDB em Lisboa, no âmbito de uma residência artística. Nesses trabalhos, muitas vezes associados à performance visual, desenvolve conteúdos ligado à produção da (de uma) linguagem.
ENTRADA GRATUITA com reserva obrigatória para info@re-al.org e para o TEL. [+351] 21 3909255 / [+351] 96 9832949. Lotação limitada, levantamento dos bilhetes até às 17h30 do dia da apresentação.
Atelier Real: Rua do Poço dos Negros, 55, Lisboa
informações enviadas por mail e da responsabilidade dos autores
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