(22º dia)
"Se estou aqui é porque tenho a confiança do Primeiro-Ministro, que tem por varias vezes manifestado a confiança, a que procuro responder."
Isabel Pires de Lima, Ministra da Cultura, em conferência de imprensa, em 09.01.2006
Uma ideia original de www.formigabargante.blogspot.com
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3 comentários:
Desde que a maioria recentemente apeada assumiu o poder, nenhum projecto cultural, em sentido lato, teve uma continuidade dinâmica. Assistimos, a partir daí, a uma suspensão do tempo, a uma espécie de paragem cardíaca, a uma catalepsia, de que importa agora recuperar e sair. Passámos, na altura, de um entendimento da cultura como alavanca da modernidade, com Manuel Maria Carrilho e Rui Vieira Nery, para uma prática de desvalorização do papel dos bens culturais, da criação e do acesso dos portugueses à cultura, que teve o seu início, é preciso dizê-lo, já em consequência de uma política centrada na contracção orçamental com os ministros socialistas José Sasportes e Augusto Santos Silva, mas que se acentuou dramaticamente quando a obsessão do défice, bandeira da ex maioria, se tornou religião de Estado.
As novidades que foram então apresentadas, no pressuposto de um novo programa para a cultura que viesse redimir os erros socialistas - desde a peregrina descoberta da necessidade de fundir institutos, como foi o caso do IPAE / IAC, à obsessão legalista de enquadramento do teatro, passando por uma estratégia de “localização” das artes da cena - conduziram de facto a um retrocesso cultural, de um ponto de vista institucional, no plano da criação e na esfera dos públicos.
http://www.choquecultural.com/index.php?edi=1&texto=2
E AGORA JOSÉ?
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