terça-feira, janeiro 10, 2006

Citações

O que esta mal no teatro?


A orientação e direcção do Teatro Nacional que não pode ser apenas um espaço de novas experiências, que é o que tem sido até agora. Os directores daquele espaço não o podem ocupar com teatro experimental e alternativo. é preciso dar um outro rumo ao Teatro Nacional.

Maria do Céu Guerra, actriz, encenadora e directora de A Barraca. [responsavel por uma acusação de difamação posta à jornalista Elisabete França por esta ter dito o que pensava da qualidade dos espectaculos de A Barraca, cada vez com menos publico e também eles dependente dos apoios do Ministério da Cultura. Gere um espaço sub-aproveitado em Santos]

é preciso ir ao encontro do que o publico quer. Continuam a fazer-se textos e encenações para prazer pessoal de quem os faz. Num pais onde não ha publico, não se pode afastar as pessoas do teatro. A dependência dos dinheiros estatais leva as pessoas a esquecer os espectadores.

Antonio Feio, actor e encenador. [criador certamente enfadado, que vai ao estrangeiro buscar sucessos, para os copiar, entre amigos, e oferecer ao publico, que paga para ver o mesmo que tem na televisão]

é preciso que a classe teatral se vire para o publico e menos para o umbigo. Ha muita gente a fazer teatro para os amigos. O concurso ao subsidio é corrupto. é o Ministério da Cultura que decide quem vai receber o dinheiro.

Simão Rubim, actor e director da Companhia Teatral do Chiado. [companhia que vive na sombra do ja falecido Mario Viegas, altamente dependente do Ministério, que lhes paga as peças sem publico, e da Câmara Municipal de Lisboa, que lhes da o espaço, debaixo do Teatro S. Luiz]

fonte: jornal METRO, notas entre [ ] da minha responsabilidade

20 comentários:

Anónimo disse...

resta acrescentar que a rapaziada da companhia teatral do chiado anda a boicotar a petição "queremos um MC capaz"

UniversitYliopisto disse...

é aquilo a que se chama "dar uma no cravo, outra na ferradura".

pobres coitados...

UniversitYliopisto disse...

o antónio feio vai buscar sucessos ao estrangeiro, é um facto. não é mentira nenhuma; ele próprio o afirma e re-afirma vezes sem conta. a coisa seria legítima, não fosse a intenção ser perfeitamente equivalente e equiparável àquilo que a tvi faz com as telenovelas de guiões espanhóis e os reality-shows de origem holandesa, ou seja: MONEY MONEY MONEY...

isto tudo transformou-se visivelmente numa guerra entre os ditos 'conceptuais que mataram o público do teatro' e os 'populistas que acreditam que aquilo que têm é um público', no sentido informado, abrangente e pluralista do termo. e isso não é de todo verdade.

por muitos tiros que continue a levar no pé, não abro mão da minha condição de 'conceptual assassino'. continuarei a lutar por um público que mereça ver tudo aquilo a que tem direito.

Tiago disse...

caro jpn, sendo qe tudo o que digo entre as [] é verdade, em que pé é que acertei?

Anónimo disse...

Pedro:

Por haver espaço para tudo, é que não compreendemos a demissão de Lagarto. Porque tememos que com a nova direcção deixe de haver esse tal espaço para tudo, e voltemos aos anos oitenta onde só havia espaço para alguns. Nomeadamente, os aqui citados neste post.
Amet

Tiago disse...

Mas caro Antonio Jorge Gonçalves, o problema não é em nunca foi a saida do Antonio Lagarto, mas as razões de nomeação do Fragateiro enquanto gestor cultural e não enquanto pessoa. Não viu da minha parte e neste blog um ataque pessoal à pessoa em causa. Jamais faria isso. As salas cheias não significado de sucesso.

Anónimo disse...

O Fragateiro homem do teatro? onde? ser empresário não chega para se ser director de um teatro nacional. Tela, Efémero... Partido Socialista... caro antonio jorge gonçalves, informe-se.

Anónimo disse...

Bem dito Pm...o interesse deste blog não é discutir, mas sim achincalhar e em termos pessoais, como é evidente!


Carlos Miranda-designer gráfico

Tiago disse...

Caro Carlos Miranda, objectivo deste blog não é achincalhar. Nunca foi nem nunca sera. Sou por demais correcto para o fazer. Se os comentarios o fazem, a culpa nã é minha. EU assino sempre os meus textos.

Anónimo disse...

Ora Tiago, seja honesto consigo próprio. Ou você é como a mulher de César! Não vi nenhuma correcção da sua parte quando fazem comntários depreciativos e falsos sobre uma pessoa, sem se sequer se preocuparem em esperar para ver se existe um projecto para o Nacional!
Um projecto,uma orientação, vocÊ não sabe isso. E não me venha com a treta do Trindade, pois existem projectos muito válidos nesse teatro, nomeadamente a interacção entre o teatro e as ciências. Teatro como forma de expressão de toda a sabedoria.O tatro não é um mundo fechado em existencialismos, é um mundo dinâmico e que tem que interagir com todos os saberes.Isto é a modernidade em qualquer arte, quem não o perceber é um velho bota de elástico!

Anónimo disse...

O tipo de discurso do sr.pm e do sr. carlos miranda, é claramente, e volto a repetir, um tipo de discurso sem espírito do tempo e de costas viradas para as tendências contemporâneas da europa (porque também não sou novo, ao contra´rio do que pensa o sr. Pm, temos de saber reconhecer as mais valias da idade, mas tb as incapacidades de absorção estética das novas tendências).
Olhem para a Europa, e não para um discurso miserabilista sobre o director que tem o curso e o discurso. Arte para o Povo foi sempre o ideal de HITLER, e é sobre estes dogmas totalizadores que temos de reflectir muito bem.

Anónimo disse...

Senhor Cr, não existe tal coisa chamada tendência contemporÂnea europeia! É claramente um conceito vazio e inexistente e que você não conseguiria explicar, simplesmente porque não existe!É absurdo em pleno sec.XXI afirmar que uma pessoa ligada a qq arte tem que se gerir por aquilo que se passa lá fora, v.g. tendencias contemporâneas. Mas vocês não conseguem pensar pela vossa propria cabeça, parece que estão a falar de tendencias da moda.É um pensamento redutor e mesquinho.
Quanto ao conceito de arte para o povo e a infeliz comparação com Hitler, aconselho a leitura de alguns manuais de história do sec. XXI!

Anónimo disse...

Sr. Carlos Miranda, pois é por não existirem tendênciaS artisticas na europa (como o sr. acha e pelos vistos a maioria dos portugueses), que continuamos a não figurar nos livros de arte performativa essenciais na formação de tantos e tantos criadores, bem como a ausência completa de portugal nos teatros culturalmente desenvolvidos e a inscrição de um saber desenvolvido. Excepto na dança e nas artes plásticas, onde claramente existem cada vez mais criadores portugueses presentes no estrangeiro. E não se trata de moda, mas da eterna questão de Harold Bloom, a "angústia da influência", não numa tentativa de padronizar a arte, mas numa tentativa reguladora para assegurar a sobrevivência da "linguagem" que Steiner tanto peca por defender.
E é lendo os tais manuais de história (acho admirável que seja pretensioso comigo, como se eu fosse um ignorante, não sabendo o sr., o que faço e o que sou) que deve saber que na história da arte, todos os movimentos de arte para o povo, estiveram submetidos a um totalitarismo (ora afirmado, ora invisivel).

Anónimo disse...

Mas basta desta conversa, porque quem o lê percebe claramente que o senhor nunca seria programador em nenhum país culturalmente desenvolvido (graças a Deus), nem um criador interessante, pelo que o seu nível de conversa é na base do insulto pessoal, e nas questões (tão faceis, enfim) programadas para tentar aniquilar o outro.
Não estamos no mesmo nível intelectual (e isto para mim não é um defeito, mas a natureza intrínseca de uma individualidade), portanto reconheça que está a lidar com questões que não percebe. Como eu não percebo de economia, ou ciência. è que não há problemas nisso, excepto que com bom senso, me iria abster de falar sobre o melhor plano económico para o país.
Porque Liberdade, não é falar sempre, mas perceber que também se tem liberdade para um abstenção, e para um delegar no outro (neste caso, para as pessoas que sabem). Porque a Arte, como deve saber, sempre foi regulada por quem a fez, e nunca por quem a viu passar debaixo do braço de alguém.
O poder com os artistas: estes sim, sempre construiram o dogma artístico.
Deixai falar quem sabe, que a sua altura para ser estrela e falar do que sabe, virá.
Este é o poder da liberdade numa sociedade que se vai tentando encaminhar para um rizoma sem defeitos mas, claramente, cheio de feitios.
CR

Anónimo disse...

Senhor Cr, excelência!
Você enerva-se com muita facilidade e isso tolda-lhe claramente o discernimento das coisas!Obviamente que conheço e muito bens as questões de que falo, não tenho é culpa que o meu amigo lá porque alguém não concorda consigo parte do principio que essa pessoa é de um nivel intelectual inferior ao seu! Eu não defendo nenhum plano especial para o pais, o pais não pode ter um só plano e toda a gente segue por essa cartilha! Não me vou adiantar muito porque o meu amigo é um maniqueista, só lhe vou dizendo que um criador é um ser livre, que não acredito em dogmas na arte, aliás hoje em dia defender a dogmatização da arte é um anacronismo e que a questão que nos trouxe a esta discussão é a nomeação de uma pessoa que tem um projecto no Trindade e que o levou a bom porto, e sei o que estou a falar. Ouça, eu não quero ser estrela, simplesmente achei abjecto esta pré-condenação e não me vou abster de comentar aquilo que achar que devo comentar...assim como o autor deste blog tb não se absteve de comentar esta situação indo pelo caminho da condenação prévia.Está no seu direito e você também, agora não me venha é com superioridades bacocas. Guarde isso para a sua tertúlia!

Tiago disse...

que condenação prévia, Carlos Miranda? Então o Fragateiro não foi para o Nacional a partir do seu trabalho no Trindade? Não foi esse trabalho julgado e que lhe deu o posto?

Anónimo disse...

condenação prévia por parte deste blog...foi o que eu disse! Há uma condenação prévia por parte deste blog.preciso de repetir....

Tiago disse...

e volto eu a repeti: onde é que ha uma condenação previa neste blog, se o fragateiro foi para o Nacional baseado no sucesso do seu trabalho enquanto director do Trindade, amplamente considerado como mediocre? A condenação não é previa, é baseada no seu trabalho e atentendo à missão do Nacional.

Anónimo disse...

o afinco com que este sr carlos miranda defende o sr fragateiro é comovente. é bom ter amigos assim, que gostam tanto de nós que nem conseguem ver as nossas limitações. parabéns, o sr deve ser feliz.

Anónimo disse...

É com tristeza que vejo que o comentário que "postei" ontem foi apagado! Era uma resposta a estes dois senhores que teceram consideraões pessoais sobre mim. Como não sou amigo...Mais vale o autor deste blog colocar logo um aviso:"Não são permitidos comentários a falar demasiado bem de carlos Fragateiro"
E por aqui termina a minha participação neste blog!