O New York Times publica hoje uma crítica ao espectáculo Amaramália, que a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, dirigida por Vasco Wellenkamp, apresentou na passada sexta feira, 11 Novembro, no Center for the Performing Arts do Brooklyn College. A apresentação inclui-se num conjunto de espectáculos genericamente intitulados World of Dance. A crítica de Claudia La Rocco, Shall We Fado? On a Cloud of Fatalism, Shall We Fly?, pode ser consultada aqui. Eis um resumo:
Attempting to translate a nation through dance is a strange thing. Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo [...] promised, in program notes, to deliver the "innate Portuguese sentiment" expressed in the country's emotive folksongs, called fado. [...] The mood was both fatalistic and vibrant, a party for mortals sentenced to an unspecified but certain doom. Ms. Rodrigues sang, "People who wash in the river/ Who with their axes hew/ The boards of my coffin/ There are those who value you." [...] Mr. Wellenkamp gave us over an hour of hair flipping as choreography, along with legs sweeping through taut extensions, men whipping women around and everybody melodramatically lunging to the floor. If life in Portugal is dramatic, it is also, as seen in Mr. Wellenkamp's choreography, unvaried.
4 comentários:
ó meu deus...
que tristeza tão grande...
Eu tive aulas com esse senhor. Não posso deixar de ficar comovida ao ver que uma senhora que não conhece o seu trabalho, diz o mesmo que nós (eu e os meus colegas) dizíamos... "pernas e cabelos". Não há nada a fazer, este senhor continua igual a si mesmo!!!
não deixa de ser interessante reduzir-se a "cultura portuguesa" a pernas e cabelos melancólicos...
o que estes ingleses gostam de coisas "étnicas".
o texto não diz que a cultura portuguesa são "pernas e cabelos", diz que a coreografia do wellenkamp fornece uma hora de "pernas e cabelos". e refere o texto explicativo que acompanha a peça como uma tentativa de representar uma nação através da dança (neste caso deve ter sido o binómio amália + desgraçadinhos em agonia).
e o facto de a vida neste rectângulo ser dramática e monocórdica ... bom ... pelo menos uma delas está correcta...
a querida do NY Times nunca afirma que vê no trabalho do wellenkamp um espelho da cultura nacional.
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