quarta-feira, junho 15, 2005

Meia haste

O país acorda hoje de luto por Álvaro Cunhal. Ontem São José Almeida, jornalista no Público, punha o dedo na ferida:

A questão é a de saber quais os critérios que levam a decretar três dias de luto nacional por uma freira, a quem alguns reconhecem dons de "vidente". Um dia pelo líder histórico do PCP, dirigente político fulcral em democracia e na ditadura fascista. E nenhum dia por um primeiro-ministro com o papel histórico marcante numa época conturbada da história de Portugal e marcante na construção da democracia - uma figura que por muito que se discorde dele do ponto de vista ideológico, há que reconhecer que é o único verdadeiro líder revolucionário do pós-25 de Abril e que tem uma grandeza humana, uma generosidade e noção de solidariedade social ímpares em Portugal.
transcrição por Pagan