quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Finalmente

Há anos que se sabe que se pode provocar chuva. Foi preciso o Santana ir embora para o fazerem?

Um avião da Força Aérea liberta hoje dois compostos químicos na atmosfera, sobre as regiões de Coimbra, Castelo Branco e Évora, para provocar a queda de chuva. A iniciativa, que surge numa altura em que algumas regiões do país vivem uma situação de seca extrema, resulta da colaboração entre a Força Aérea, que disponibiliza uma avião Hércules C-130, e o Instituto de Estudos Ambientais e de Meteorologia da Universidade Lusófona.

O projecto desenvolvido pelo Instituto visa libertação de Iodeto de Prata e Cloreto de Potássio que, depois de depositados sobre as nuvens, irão funcionar como elementos aglutinadores da água em suspensão. Com o aumento do peso devido à água, as partículas irão posteriormente cair sob a forma de chuva, provocando uma reacção em cadeia em toda a região do voo.

O voo, que deverá começar cerca das 13h30 será coordenado por radares meteorológicos do Instituto de Meteorologia, que informarão sobre os locais e altitudes onde estão as melhores nuvens para o efeito.

A Força Aérea garante que as substâncias libertadas não são prejudiciais nem para a saúde nem para os solos.

Durante o mês passado, a quantidade de precipitação ocorrida foi inferior a 20 por cento do normal em todo o território continental, fazendo do mês de Janeiro o mais seco dos últimos 100 anos, nalgumas regiões do país. A falta de chuva está a deixar igualmente as albufeiras portuguesas com um défice de armazenamento de água.

Independentemente desta iniciativa, o Instituto de Meteorologia prevê para hoje aguaceiros fracos até ao início da manhã nas regiões do Norte e períodos de chuva e aguaceiros nas regiões do Centro e Alto Alentejo.

in SIC


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