quarta-feira, janeiro 12, 2005

Estreia (II)

Endgame revisitado



Teatro da Trindade
12 de Janeiro a 13 de Fevereiro
4ª a Sábado às 22h00 e Domingo às 17h00

Endgame é talvez a peça mais emblemática de Samuel Beckett. Pelo seu sentido trágico e cómico, pela maturidade da escrita e da construção dramática. Escrita originalmente em francês (Fin de Partie - 1957) foi traduzida pelo autor para inglês em 1958 com o título Endgame.

Confinados a um espaço fechado apenas com duas pequenas janelas que dão para um mundo de desolação onde o mar e a terra são uma única cor cinzenta, quatro personagens procuram o fim.
Hamm, o patriarca, meio Hamlet, impossibilitado de ver e de se levantar, comanda o patético e trágico universo da peça e simboliza, segundo Beckett, um mau jogador neste sórdido jogo existencial. Clov, meio escravo meio filho de Hamm, ameaça com recorrência que se vai embora, tal como Hamm do mesmo modo lhe pede que desampare. Mas a peça é ambígua entre o poder e a vontade e liga os dois personagens a uma relação de interdependência, de sadismo e de banalidade. Nagg e Nell, os pais de Hamm, estão dentro de dois caixotes e presos à memória de um tempo que se supõe ter existido outrora, em relação a um outro que se mantém imutável e que parece estar sempre aquém do fim.



Parceria Revisitada
Quando duas companhias de Teatro, com distintos projectos artísticos, encontram um espaço comum de cumplicidade humana e criativa, acredito estarem criadas as condições essenciais para se desenvolver um trabalho de parceria que resulte na produção de um espectáculo em que ambos se revejam.
Foi o que aconteceu com os Primeiros Sintomas e o Teatro Meridional. Assim, em Abril de 2004, estreámos Endgame, de Samuel Beckett, no espaço Karnart, em Lisboa. Perante os diversos desafios estimulantes que o espectáculo nos colocou, cedo sentimos vontade de olharmos de novo para este texto. Miguel Seabra (Teatro Meridional)

Endgame Revisitado
Co - Produção Teatro Meridional e Primeiros Sintomas
Autoria Samuel Beckett Tradução Francisco Luís Parreira Encenação Bruno Bravo Interpretação Diogo Infante (Hamm), Miguel Seabra (Clov), Gonçalo Amorim (Nagg) e Raquel Dias (Nell) Cenografia Stéphane Alberto Figurinos Chissangue Afonso Desenho de Luz Miguel Seabra Montagem e operação técnica José Rodrigues Fotografia de Cena Rui Mateus e Patrícia Poção Registo de Vídeo Edgar Feldman Design Gráfico Mackintóxico Assessoria de Imprensa Joaquim René Produção Temporada Mafalda Gouveia e Catarina Mascarenhas (Primeiros Sintomas) Produção Itinerância Mónica Almeida e Célia Pires (Teatro Meridional)

Teatro da Trindade
12 de Janeiro a 13 de Fevereiro
4ª a Sábado às 22h00 e Domingo às 17h00

classificação - maiores de 12 anos
duração 90 min

preço dos bilhetes
12 € (descontos para grupos, jovens, profissionais do espectáculo, idosos e deficientes)

Bilhetes à Venda: Teatro da Trindade 3ª a domingo 14h00 às 20h00 | FNAC | FNAC service (V. Gama) | ABREU | Ag. Alvalade | www.ticketline.pt |
Reservas Teatro da Trindade 21 342 00 00 | Ticket Line 21 00 36 300


ITINERÂNCIA:
Porto - Teatro Carlos Alberto
17, 18 e 19 de Fevereiro de 2005 às 21h30

Viseu - Teatro Viriato
25 e 26 de Fevereiro de 2005 às 21h30


informações da responsabilidade das companhias, excepto hiperligações

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