Estreia (I)
mostra
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mostra. é o resultado de uma reflexão artística colectiva sobre o tema "a mulher na ruptura", tema da peça Na Margem da Vida de Gao Xingjian que o mesmo grupo de criadores levará à cena no final de 2005.
Esta reflexão, a partir da temática da peça de Gao Xingjian Au bord de la vie , surgiu da necessidade de se criar material artístico novo e de se trabalhar de uma forma mais livre, deixando o trabalho sobre o texto para uma fase posterior.
É comum estes processos ficarem escondidos ou serem partilhados apenas pelos seus criadores. Neste caso, .mostra vem dar a possibilidade ao espectador de partilhar o processo criativo e de confrontá-lo com o objecto final, tornando-se num público mais vivo e atento. ...
Ao entrar na mente de uma mulher, ao percorrer os interstícios dos seus pensamentos, memórias e desejos, é associada a imagem poética da casa. A metáfora da casa que é mente feminina, impregnada de uma teia de filamentos que, por sua vez, nos conduz numa viagem que explora todos os hemisférios, dissecados em todas as suas coordenadas.
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Ao princípio, um extenso corredor branco, qual casulo imaginário que nos envolve num processo de preparação para a mudança do espaço exterior, quotidiano e colectivo para outro que é interior, mental e individual. O espaço cenográfico, cortado ao meio pelo volume branco do corredor iniciático, define os quatro estados psicológicos dessa mulher propostos pela dramaturgia: a ruptura, o passado, o presente e a margem.
O espectador, que vai deambulando num labirinto mental, descobre, afinal, que é simultaneamente viajante e voyeur naquele espaço ficcional e das situações cambiantes que nele são encenadas e representadas. Em cada uma das psicogeografias, nas quais a "quarta parede" foi derrubada para dar lugar à dimensão intimista da encenação, o espectador confronta-se com as tensões geradas na relação entre a mulher e o homem e da mulher consigo mesma. Dramaturgicamente, procura-se que o espectador vá ficando enrolado naquela teia, limbo entre desencantamento e loucura, não podendo fugir também ele ao processo de implosão gerado que termina num silêncio perturbante e interrogativo.
Quando o espectador percorre novamente o corredor de luz branca, agora no sentido inverso, dirigindo-se para o exterior do espaço da representação teatral, fica com a sensação de que acabou de empreender uma particular viagem, tendo experimentado várias dimensões inerentes à problemática da ruptura no feminino.
direcção Maria Gil apoio dramatúrgico Diogo Bento interpretação Sara de Castro e Tiago Barbosa música Marco Batista e Marina Hasselberg figurinos Catarina Varatojo cenografia Pedro Silva videasta e sonoplastia Pedro Paiva desenho e operação de luz Paulo Cunha apoio técnico Rita Trindade design gráfico Pedro Alves produção Maria Gil co-produção teatromosca
GALERIA BENTO MARTINS [Ed. Junta Freguesia Carnide]
12 Janeiro às 22h
13, 14 e 15 Janeiro sessões às 21h e 23h
Casa de Teatro de Sintra
28 Janeiro 22h
Bilhetes 5 €
mostra
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mostra. é o resultado de uma reflexão artística colectiva sobre o tema "a mulher na ruptura", tema da peça Na Margem da Vida de Gao Xingjian que o mesmo grupo de criadores levará à cena no final de 2005.
Esta reflexão, a partir da temática da peça de Gao Xingjian Au bord de la vie , surgiu da necessidade de se criar material artístico novo e de se trabalhar de uma forma mais livre, deixando o trabalho sobre o texto para uma fase posterior.
É comum estes processos ficarem escondidos ou serem partilhados apenas pelos seus criadores. Neste caso, .mostra vem dar a possibilidade ao espectador de partilhar o processo criativo e de confrontá-lo com o objecto final, tornando-se num público mais vivo e atento. ...
Ao entrar na mente de uma mulher, ao percorrer os interstícios dos seus pensamentos, memórias e desejos, é associada a imagem poética da casa. A metáfora da casa que é mente feminina, impregnada de uma teia de filamentos que, por sua vez, nos conduz numa viagem que explora todos os hemisférios, dissecados em todas as suas coordenadas.
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Ao princípio, um extenso corredor branco, qual casulo imaginário que nos envolve num processo de preparação para a mudança do espaço exterior, quotidiano e colectivo para outro que é interior, mental e individual. O espaço cenográfico, cortado ao meio pelo volume branco do corredor iniciático, define os quatro estados psicológicos dessa mulher propostos pela dramaturgia: a ruptura, o passado, o presente e a margem.
O espectador, que vai deambulando num labirinto mental, descobre, afinal, que é simultaneamente viajante e voyeur naquele espaço ficcional e das situações cambiantes que nele são encenadas e representadas. Em cada uma das psicogeografias, nas quais a "quarta parede" foi derrubada para dar lugar à dimensão intimista da encenação, o espectador confronta-se com as tensões geradas na relação entre a mulher e o homem e da mulher consigo mesma. Dramaturgicamente, procura-se que o espectador vá ficando enrolado naquela teia, limbo entre desencantamento e loucura, não podendo fugir também ele ao processo de implosão gerado que termina num silêncio perturbante e interrogativo.
Quando o espectador percorre novamente o corredor de luz branca, agora no sentido inverso, dirigindo-se para o exterior do espaço da representação teatral, fica com a sensação de que acabou de empreender uma particular viagem, tendo experimentado várias dimensões inerentes à problemática da ruptura no feminino.
direcção Maria Gil apoio dramatúrgico Diogo Bento interpretação Sara de Castro e Tiago Barbosa música Marco Batista e Marina Hasselberg figurinos Catarina Varatojo cenografia Pedro Silva videasta e sonoplastia Pedro Paiva desenho e operação de luz Paulo Cunha apoio técnico Rita Trindade design gráfico Pedro Alves produção Maria Gil co-produção teatromosca
GALERIA BENTO MARTINS [Ed. Junta Freguesia Carnide]
12 Janeiro às 22h
13, 14 e 15 Janeiro sessões às 21h e 23h
Casa de Teatro de Sintra
28 Janeiro 22h
Bilhetes 5 €
Informações: 91 461 69 49 / teatromosca@hotmail.com
informações da responsabilidade da companhia, excepto hiperligações
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