segunda-feira, janeiro 24, 2005

Caixote do lixo

A arte tem destas coisas. às vezes acaba no caixote do lixo. Não deixa de ser uma leitura possível.

O Francisco dá conta de um caso no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz: uma empregada de limpeza deitou para o lixo uma parte de uma obra em exibição. A obra de arte consiste num lavatório quebrado num dos lados e nos fragmentos espalhados pelo solo. Foram estes pequenos – e artísticos – cacos que a modesta funcionária postou no caos de uma qualquer lixeira figueirense.

No Diário de Notícias, de hoje, lê-se que três alemães que trabalham na recolha do lixo em Frankfurt foram "condenados" a frequentar um curso de Apreciação de Arte, depois de acidentalmente destruírem e incinerarem uma escultura de Michael Beutler, instalada numa rotunda daquela cidade.

Gostava de saber que diriam estes senhores do trabalho pictórico do colectivo argentino Mondongo (dobrada, em português), que trabalham com fiambre, bolachas, queijo ou restos de comida e compõem obras que vão desde retratos dos Reis de Espanha à pornografia. A descobrir mais aqui, ou na Casa da América, em Madrid.



Série Negra, 2004
Bolachas doces sobre madeira
100 x 90 cms




Série Roja 05, 2004
Plasticina sobre madeira
100 x 100 cms





Xanadu, 2004
Enchidos fumados e queijos sobre madeira
200x 250 cms


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