sábado, dezembro 25, 2004

Poética do quotidiano (especial Natal) - VII



O Natal do Pedro, do Agridoce

No meu caso particular o Natal mistura sobretudo uma salganhada de referências surrealistas da infância, onde cabem o natal dos hospitais, o eléctrico do natal com o filme do robin dos bosques dobrado em brasileiro, o burro de peluche à escala natural nos restauradores a pedir a bela foto ou o desgosto por nunca receber o Fort Randall da Playmobil. Hoje, o Natal é para mim uma mancha difusa de talões multibanco e facturas de loja, que servem como indícios da minha proverbial falência e da minha inabilidade na criação de riqueza. Qualquer faço como a outra - vou para a bicha do ananás na festa dos Alunos de Apolo, a ver se alguém tem caridade de mim.

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