domingo, outubro 17, 2004

poética do quotidiano (XXXI)

A distinção hoje vai para a Lexotan (aka Laura) do Passa aí o Lexotan. Fala ela de acessórios, esquecendo-se que são eles que nos sustentam. Mas tem toda a razão. Estamos presos (para o bem e para o mal) às malas. Sentimo-nos nús quando não carregamos nada. Para nos defendermos de quê?
Eis o que diz a Lexontan:

coisas e malas

Não consigo perceber como algumas pessoas, especialmente mulheres, conseguem andar todo o dia apenas com uma pequena bolsa a tiracolo ou uma daquelas malinhas mini que estão agora na moda. Normalmente transporto comigo uma carteira de tamanho considerável (para caber toda a papelada que só costumo limpar de mês a mês), dois estojos de óculos (os de sol e os outros, para trabalhar no computador), uma bolsa com canetas, lápis e afins, o telemóvel, uma pequena agenda com alguns números, não vá o telemóvel falhar e eu precisar de ligar a alguém de um telefone público, um estojo com o gravador, um bloco de notas, um livro e as chaves de casa. Tudo isto me é necessário e, tudo somado, reflecte-se num peso considerável, que tento distribuir da melhor forma. Ainda que não consiga ver-me sem todos estes utensílios, dou por mim a pensar se não seria mais feliz se estivesse mais liberta do conteúdo da minha mala...


[o post inclui uma fotografia visível no local]
[E aqui o que é o Lexotan]

1 comentário:

laura disse...

obrigada pela distinção! volta sempre :)