quinta-feira, junho 17, 2004

17/06, 26

Onde quer que ele chegasse, o que sempre encontrava era a sua própria mão, uma pequena mão que dum longínquo braço seu desde remotos tempos o aguardava. Era uma afável mão, quase fraterna, que, de modo algum inerte, lhe apertava as suas, ou o que delas lhe restava, e o afagava e masturbava docemente. A breve trecho a comparou ao mar.

Luís Miguel Nava, A Mão



parabéns

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