sexta-feira, dezembro 05, 2003

RESISTIR

Provavelmente, muitos de vós já terão recebido estas mensagens por email. Foi assim que tive contacto com elas. De qualquer modo, gostava de expô-las aqui como exemplos da resistência possível.
Chegou o tempo de exigirmos, chegou o tempo de não nos calarmos.
Estou um pouco farta e, por isso, quando vejo que muitos à sua maneira resistem, compreendo que é aqui, na contrariedade, na crise, que nós podemos ficar de pé e não deixar que as coisas se mantenham no mesmo estado. Estes resistentes têm uma visão global do que é a cidadania e agem em consonância com essa visão.
Estas acções dão-me esperança, comovem-me e fazem-me querer não desistir nunca.
Seguem os exemplos.


COMÉRCIO SOLIDÁRIO

Exerça um consumo ético.
Como consumidor tem a última palavra.
A sua compra pode ser um acto solidário!
Informe-se sobre a origem, os meios de produção e de distribuição dos produtos que consome
Averigue as condições laborais em que foram produzidos
Inteire-se sobre os impactos dos métodos de produção no meio ambiente
Indague sobre o comportamento e conduta das empresas produtoras e distribuidoras
Manifeste no acto da compra a sua opinião sobre o que aprova ou condena
Conheça e participe no Comércio Justo que garante relações directas, respeitosas e transparentes entre o Norte e Sul do planeta.
Aproveite e efectue já as suas compras de natal. Estaremos abertos no próximo feriado, 8 de Dezembro, entre as 13h00 e as 19h00. Nos restantes dias continuamos com o horário habitual, ou seja de 2ª a 6ª das 12h00 às 21h00 e aos sábados das 10h00 às 21h00.
Presenteie os seus amigos e familiares com Cheques-Oferta do Comércio Justo e Solidário.
Saudações solidárias
A Equipe da Mó
Mó DE VIDA Coop.
Calçadinha da Horta, 19
2800-564 Pragal, Almada
Telef. 212720641
modevida@sapo.pt
http://planeta.clix.pt/modevida


EM NOME DO PORTUGUÊS

Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha forçaa de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social. O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social. E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.

Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19 euros para si.
Em resumo:
- Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55.
- Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 19.
- Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.
- Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
- Eu pago e acho muito bem, portanto, exijo: um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para o meu filho. Serviços de saúde exemplares. Um hospital bem equipado a menos de 20 km de minha casa. Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o País. Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam. Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano. Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.
- Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida. E jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros. Polícia eficiente e equipada.
- Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público. Uma orquestra sinfónica. Filmes criados em Portugal. E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e de miséria nesta terra.
- Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita. Portanto Doutor Durão Barroso, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo!

O Português

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