A palavra suspensa
Já todos nos apaixonámos, deixámos e fomos deixados. Já todos sofremos, fomos iludidos, enganámos, quisemos crer e fomos felizes. Já todos o quisemos dizer logo no primeiro momento e deixar que a coisa se perpetuasse no tempo, como se mais nenhuma outra palavra pudesse existir. Já todos disemos: Amo-te.
Na velocidade dos acontecimentos, será mais esperançoso ser o primeiro a dizer ou deixar que nos digam? E se formos os primeiros a dizê-lo, é preferível escutar o silêncio, arrepiarmo-nos com um "eu também" ou aguardar serenamente que nos digam, a meio de um beijo "eu amo-te. e mais que tu a mim" ?
Reconhecendo que não há qualquer problema em dizer "eu amo-te" quando sentimos essa necessidade - mesmo que a outra pessoa não tenha ainda a força para o afirmar -, podemos também sentir uma certa leveza. Depois de o dizer, é como se o sufoco passasse. Não se exige que nos digam alguma coisa em resposta, só se pede que nos deixem ter o sentimento.
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