Depois de casa assaltada...
Augusto Santos Silva escreveu no PÙBLICO de sábado sobre as condições do Teatro Nacional. Não "o" Teatro Nacional, mas "um" teatro nacional. O que é mais impressionante é a displicência com que o faz, quase esquecendo que foi Ministro da Cultura e que nada fez. Já em 2001, e em jeito de resposta a um elucidativo artigo que Luís Miguel Cintra escrevera no Jornal de Letras, levantara uma série de questões de grande monta para a resolução de problemas do teatro nacional. Corrijo, apontava antes falhas, indicava caminhos e... era só isso. O então responsável pela cultura em nada alterou a ordem das coisas, no seu tempo de gabinete. Ora foi apanhado de surpresa... pois então, mas as coisas preparam-se se as quisermos mudar.
As empresas continuam sem saber o que é a lei do mecenato, os concursos estão cheios de dúvidas, as condições de difusão e co-produção fora de Lisboa dependem mais da boa vontade de teceiros que da força do Estado... A história da galinha que queria fazer pão aplica-se que nem uma luva, mas ao contrário, no discurso de Santos Silva.
O que é tanto mais impressionante é a leveza com que afirma querer acreditar numa resolução compatível para todos. O que parece que Santos Silva se esquece é que quando não se faz nada ao se ter o poder na mão, não se pode depois vir pedir contas aos que se seguem. Ou luta por melhorar ou ...
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