Casamento
Nos últimos 4 dias fui surpreendido com a notícia de duas queridas amigas se casaram. Assim, ainda o ano ia a meio. Como não fui convidado para o casamento, depressa me apressei a felicitá-las, desejando-lhes muitas e longas felicidades. Uma olhou-me desconfiada, preparada que estava para o bombardeio de questões, dúvidas e ironias que em mim são nota corrente. A outra desculpou-se pela gaffe e convidou-me para jantar em sua casa para mostrar fotografias e prendas.
Entre um discurso e outro, fico sem saber se a felicidade vem mais depressa com o casamento ou se o Woody Allen tem razão: as pessoas casam-se quando não tem mais nada a dizer uma à outra. Uma amiga respondeu-me que depois do casamento ela era a mesma mas com uma anilha no dedo. Arrepiei-me profundamente. A outra disse-me que, de facto, não tinha nada para fazer naqueles dias antes do casamento e por isso aceitou o ambíguo pedido do então namorado.
Acreditei mais nesta história que na outra. Talvez porque esta viva das descreças comuns e considere o casamento como algo mais natural numa relação. A outra enfrenta-o como o passo seguinte. Entre uma e outra opinião vão anos de distância de relacionamentos, sejam eles platónicos, amorais ou ambíguos.
É claro que fui para casa de alma seca e coração descoroçado. Não ter ido ao casamento não me incomoda, sou um tanto descrente e conheço-me o suficiente para saber que todos reconhecem a fita cola a segurar os cantos do lábio que monta um sorriso. Mas não deixo de achar que me tornei cinzento demasiado depressa.
Em breve, a definição de bobo
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