Uma ideia de cultura, por favor
A notícia só podia ser boa. Finalmente a TVI ia ter um programa de divulgação cultural, ainda que atirado para a madrugada. Mas aquilo a que se assistiu ontem no novo programa Cartaz das artes foi tudo menos um programa cultural. Não será de estranhar, por isso, que o logotipo da TVI não tenha aparecido na ficha técnica.
José Paulo Sacadura, mais excitado que apresentador, movimenta-se coordenado com as mudanças de cãmara e falava dos eventos que iriam mudar os hábitos dos espectadores. Agora sim, finalmente o espectador da TVI poderia optar por um programa diferente (e eu a pensar que o objectivo da TVI era agarrar o espectador ao ecrã a todo o custo) ainda que entre as reportagens se misturassem eventos já acontecidos, ausência de indicações de data, hora, local, nome dos intervenientes ou qualquer outra informação que permitisse a dita escolha.
No final, uma agenda cultural que dava conta de eventos a acontecer só daqui a dois meses e alguns deles também sem essa preocupação de outra informação que não fosse o registo factual.
A TVI nunca foi famosa pelo seu tratamento à cultura. De cada vez que se pretendia marcar uma reportagem ou convidar para um qualquer lançamento, lá vinha a resposta de que a equipa era pequena, as prioridades eram outras... ao menos já sabíamos com o que contar. Agora, não só há a ilusão de que a TVI tem um programa cultural como se crê que o destaque serve para alguma coisa.
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