Os anjos bebem nas fontes
(...)
Do outro lado estou eu,
Como sou e como plano,
Na surda voz do piano
Que aos poucos endoideceu.
Sou eu, despida e vestida
Com as flechas que me atiraram.
Sou eu, dura e solitária,
Já vencida e convencida.
(...)
Mas ninguém leu horizontes
Em livros de cemitério...
E os Anjos bebem nas fontes
Natércia Freire
Anel de Sete Pedras (1952)
.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário