terça-feira, setembro 16, 2003

Em nome de um futuro (pessoal ou global???)

No que diz respeito ao evoluir da situação económica portuguesa, Durão Barroso tem uma certeza: 2010 é a meta para que Portugal possa andar de cabeça erguida, orgulhoso de si e sem nada dever à "pesada herança socialista". Ora, eu pergunto: se em vez de pedir a necessidade de ter uma nova legislatura, o Primeiro Ministro confiasse na classe política, não seria mais simpático, mais educado, mais generoso, quiçá até mais rentável, dizer apenas que traçara um plano em que acreditava e que achava ter a força suficiente para convencer o país (sobretudo a oposição) de que, independentemente dos que se seguissem estes eram os planos, os métodos, as formas de lá se chegar? Não será que soa um tanto a apego ao poder a necessidade de se pedir uma legislatura quando esta ainda vai a meio (e que meio, meu Deus...). Se seguisse as convicções do inenarrável colega de partido postado abaixo, acreditaria que todos pretendem o mesmo, e se assim é a nova maioria (sem PP, espera-se) estaria garantida. "Quero criar condições para que Portugal se levante. Posso não ser eu a consegui-lo, mas, pelo menos, saio consciente de que fiz o meu melhor", esse é que devia ser o discurso.
Mas talvez eu deva prestar mais atenção aos avisos dos meus amigos. É inútil ser um crente nas instituições e nos que as representam. Será?

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