Já se tinha imaginado que a opção de Rui Rio ao privatizar o Rivoli abriria uma Caixa de Pandora e à primeira oportunidade essa ideia de demissão de responsabilidades seria copiada pelo resto do país. Já antes se tinha falado aqui na hipótese aventada pelo Pelouro das Finanças da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) em privatizar o Teatro Aveirense, recuperado com dinheiro do Ministério da Cultura ao abrigo do programa da Rede de Cine-Teatros Municipais, e cuja programação é, aliás, alvo de apoio do Instituto das Artes/Delegação Regional do Centro. Agora, um grupo de interessados, aveirenses e outros, fazem correr um abaixo assinado onde denunciam que "a privatização do Teatro Aveirense servirá apenas os interesses de alguns, contribuindo drasticamente para a eliminação de toda a expressão cultural que não dê lucro, para a estigmatização das ofertas culturais em função de critérios do lucro fácil; as associações e grupos culturais de Aveiro, que não tendo vastos recursos financeiros, deixarão de ter a possibilidade de expor os seus trabalhos, perdendo um espaço para levar ao público de Aveiro, quer novas formas de expressão cultural, quer expressões artísticas que tentam preservar a memoria de um povo". E pedem à CMA "que assuma o seu papel de agente dinamizador da cultura em Aveiro, em todas as suas vertentes expressivas, utilizando para o efeito este espaço de excelência existente no concelho". Assina-se aqui.
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4 comentários:
Eu normalmente assino. Aliás, já assinei. Não sei bem porquê. Será uma incapacidade de não me manifestar contra as barbaridades de quem governa? O facto é que estas petições são inconsequentes e acho que quem as assina sabe bem disso.
Que eu saiba, quem teve a ideia da criação do movimento foi a própria Directora do Teatro, Maria da Luz Nolasco, que foi colocada nesse lugar pela actual Câmara, mesmo sem ter competência para tal (para a programação e assinatura da programação foi então chamado Rui Sérgio, que exerce agora funções em dois teatros!).
Recordo que deram um "pontapé" a Paulo Ribeiro, que regressou ao Teatro Viriato. Ousaram, por questiúnculas políticas.
A actual programação é, no mínimo, confusa.
Para além disso, o Presidente da Câmara não confirma nem desmente o que o citado vereador avançou. Eu assinaria antes uma petição para que uma política cultural para a cidade fosse definida (uma qualquer!). Depois então passávamos à petição que já anda a correr!
Coloco o mesmo comentário que deixei no Divas & Contrabaixos, Tiago:
Cansado, MRF, cansado mesmo de escrever sobre a necessidade de uma gestão cultural para estes espaços sem qualquer menosprezo, entenda-se, pela direcdção artística ou programação!
Um a um, um atrás de outro, vamos perder todos estes espaços.., não por falta de porgramação, não por falta de qualidade, mas por falta de boa gestão!
Abraço entristecido, muito entristecido.
esqueci-me de dizer que, apesar do que disse, assinei, é claro.
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