Teatro em construção
Recensão à revista Sinais de Cena nº2, Dezembro 2004
O novo número da revista da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT), Sinais de Cena (Dezembro 2004), desenha-se sob o signo da arquitectura, no seu sentido mais lato. A arquitectura do espaço (cenografia), dos elementos e corpos (encenação) e da memória. Parece assim fazer esticar a máxima que Nuno Carinhas, um dos cenógrafos entrevistados por Paulo Eduardo Carvalho («Dramaturgias do espaço», p. 27-29), utiliza para a cenografia: "deveria ser tão essencial que seria impossível passarmos sem ela".
Através destas linhas mestras, os críticos e investigadores que assinam o 2º número da revista editada em Fevereiro deste ano procedem à organização de um olhar sobre o processo criativo, alicerçando-se em práticas que devem trabalhar em conjunto para o resultado final. Se por um lado, e como lembra o teórico francês Patrice Pavis («De onde vem e para onde vai a encenação?», p. 59-68), "quisermos conhecer a actual situação do teatro precisamos observar o modo como a encenação o concretiza", é fulcral reconhecer que "a ilusão dramática é gerada, em grande medida pelo imaginário e pelas sugestões - de contexto, de abstração, de realismo, de época - que o cenário evidencia ou induz, de forma mais ou menos afirmativa no seu próprio discurso, mais ou menos dialética relativamente ao trabalho de encenação" (p.9). Esta última afirmação, assinada por Mónica Guerreiro e Miguel-Pedro Quadrio e inscrita no texto introdutório ao dossier de cenografia teatral que construiram para a coordenação deste segundo número da Sinais de Cena, parece indicar que a revista da APCT se quer como observadora do acontecimento teatral e até como instigadora de um discurso que apresente e fixe tendências que a efemeridade do acto de observação não reconhece.
Na verdade a cenografia é uma das práticas responsáveis pela 'memorização' de uma proposta teatral, logo do conjunto de ocasos que contribuem para a realização/apresentação dos espectáculos. Desta forma aquilo que os críticos fazem não é mais que resgatar para primeiro plano uma prática que condiciona, até de formas dificilmente explicáveis, a percepção/recepção de um espectáculo de teatro. Maria Helena Serôdio, directora da Sinais de Cena, fala de uma exploração de "outros lugares e outras perspectivas, observando, afinal, refracções de uma mesma realidade vasta e complexa, que exige, justamente porque o é, desdobramento de processos e uma permanente transversalidade de relações" (p.7).
No dossier dedicado à cenografia teatral, os coordenadores deste número pensam o trabalho de António Lagarto («Lógicas Visuais», Paulo Eduardo Carvalho, p.10-12), Cristina Reis («O espelho de Cristina», Miguel-Pedro Quadrio, p. 13-15), Eric da Costa («Disrupção a três dimensões», Vanda Piteira, p. 16-17), João Mendes Ribeiro («Essencialidade, austeridade, silêncio», Mónica Guerreiro, p. 18-21), José Manuel Castanheira («Persistências e adaptações», Luis Francisco Rebello, p. 22-23), Manuel Graça Dias e José Egas Vieira («Um trabalho em equipa para se ir sempre mais longe», Selda Soares, p. 24-26) e o já referido Nuno Carinhas. As opções atravessam diversas tendências, práticas, estéticas, filosofias e até diferentes condições de produção numa tentativa de acompanhar essa "sugestão cartográfica de movimentos e percursos até à enésima repetição" (p. 18).
Os artigos sobre os cenógrafos, mais do que percursos biográficos procuram compreender os limites de uma prática que, numa primeira leitura se coloca ao serviço de um todo. São por isso olhares de fora que pensam "o lugar e a importância das suas intervenções na criação teatral contemporânea" (p.9). De salientar ainda as bibliografias citadas em alguns artigos que contribuem para uma biblioteca tão urgente como necessária sobre o espaço e a arquitectura teatral em Portugal.
No que diz respeito à encenação, a Sinais de Cena apresenta vários artigos que reflectem formas de encarar o trabalho de encenação. Para além do texto de Patrice Pavis referido anteriormente, são incluídos dois artigos sobre formas de considerar o papel da encenação na construção de um dispositivo que envolva não só quem recebe, mas, e sobretudo quem faz. Uma vez que, como defende Pavis a encenação é "tida como responsável pela dificuldade que o teatro tem em nos afectar" (p.63).
Alexandre Kelly, do grupo britânico Third Angel, apresenta-nos um resumo do que foi a sua experiência com um conjunto de criadores portugueses no ano passado na Gulbenkian onde trabalhou o conceito de devised theatre: "uma forma reactiva de trabalhar, que acolhe a sorte: o acidente, o acaso, o inesperado ou o imprevisível" («Ensinando encenando devising», p. 69-71). João Maria André («A dor, as suas encenações e o processo criativo», p. 72-78) reflecte sobre a utilização do corpo e o testar dos seus limites e resistências na arte e, sobretudo, na performance e na body art. Um ensaio que procura contextualizar o trabalho de criadores que transformam o modo como recebemos/reagimos a objectos que por mais que tentemos encontrar outra definição são, na sua essência, teatro. Porque, como como sintetiza Patrice Pavis em relação à encenação, estes três textos/olhares/universos/perspectivas mais não são que o identificar de uma arquitectura sobre "a arte de exprimir qualquer coisa, de compreender a mensagem e o ruído, tornando-se preferencialmente na arte de fazer emergir o silêncio para um espectador à espera de sentido." (p. 68).
Os três artigos permitem ainda perceber que a Sinais de Cena se quer como receptáculo de artigos sobre o teatro e as artes performativas, recuperando assim intervenções, comunicações e outros que se vão fazendo sobre a área.
O que podemos identificar como terceiro núcleo deste número da Sinais de Cena prende-se com o que acima referi como arquitectura da memória: o recuperar de situações, nomes, passados e percursos que permitiram/permitem a construção de uma história do teatro em português. Mais do que as críticas que são incluídas na revista (que pela diferença entre a data de estreia e publicação se tornam menos críticas e mais revisitações, permitindo um diálogo com os objectos ausente das pressões dos tempos de apresentação, leia-se juízos de valor que podem permitir a opção de assistir ao espectáculo), são de destacar a entrevista de fundo a Manuela de Freitas («Uma actriz que é 'tudo ou nada'», Sebastiana Fadda e Rui Cintra, p. 41-53), o portefólio sobre a companhia O Bando («Imagens que fizeram história», Ana Pais, p. 30-40) e a investigação amplamente documentada foto e bibliograficamente sobre o extinto Teatro Avenida, em Lisboa, da responsabilidade de Nuno Costa Moura («Hoje e sempre, fora dos eixos», p. 121-128). Percursos que permitem contextualizar um teatro português que se quer menos efémero e mais actuante, no que isso representa de reconhecimento de um presente devedor de um passado.
A revista Sinais de Cena apresenta-se assim mais organizada e definida, procurando junto do público-leitor (que se sabe não ser só o académico/artístico) um lugar para um pensamento mais aprofundado sobre o que se faz e o modo de fazer. Por isso a atribuição da coordenação dos números a pessoas específicas permitirá a construção de objectos mais atractivos, porque direccionados ou, no limite, a permitirem-se a uma organização por quem lê.
E nesse aspecto não é de descurar o cruzamento de diversos nomes desde críticos a investigadores e criadores, com as mais diversas estéticas e posições sobre o papel da crítica, da investigação e da observação do fenómeno teatral. Um trabalho que permite também o reforçar dos laços que foram sendo estabelecidos com alunos que fizeram o Curso de Especialização e Mestrado em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras, através do Centro de Estudos de Teatro, colaborador na edição da Sinais de Cena. Contudo, ainda que o público especializado possa saber quem escreve o quê, porque a Sinais de Cena se quer aberta a um público mais vasto (razão pela qual se encontra à venda) seria interessante, e certamente útil, podermos identificar os autores dos artigos através de breves notas biográficas, que mais não fosse indicassem o local onde praticam crítica/análise de espectáculos e investigação. Não só permitiria a referida identificação, mas contribuiria para um estreitar de laços entre quem procura mais informação sobre o teatro e as artes performativas e quem o pensa. Sobretudo porque sendo o espaço dedicado à crítica cada vez mais pequeno (e afinal uma das razões de ser da Sinais de Cena), faz todo o sentido 'transportar' públicos e formar outros.
Na mesma linha da 'conquista de públicos', convêm salientar que há aspectos que impedem a Sinais de Cena de se evidenciar e anular o efeito de pertença a uma academia nem sempre vista com a justiça do seu trabalho. Nomeadamente no que diz respeito ao grafismo. Ainda que se compreenda que a revista é feita com o esforço, dedicação e entrega de todas as partes, no que isso representa de ausência de apoios, certamente existirão alternativas para trabalhar a imagem e a qualidade das fotografias apresentadas, bem como apostar numa actualização das mesmas, no caso dos biografados/entrevistados e portefólio
Este tipo de observações reconhecem no entanto a pressão a que se sujeitam estes objectos, fruto de ultrapassagens das capacidades das instituições, dos colaboradores e dos objectos de estudo. Por isso mesmo, pensando e sabendo a importância de uma revista como a Sinais de Cena, espera-se que a forma não tráia o conteúdo. Contra a efemeridade e a indiferença, portanto. Em nome, obviamente, de um enriquecimento dos estudos teatrais. E do teatro que se quer fazer e questionar.
Título: Sinais de Cena n.º 2 - Dezembro 2004
Edição: Centro de Estudos de Teatro
Distribuição: Campo das Letras
Preço: 12 €
Sobre o 1º número da Sinais de Cena ver aqui.
Agradece-se a colaboração da Campo das Letras na disponilização da revista para recensão. Nem todos os links correspondem aos artigos indicados, antes servem de contextualização.
Recensão à revista Sinais de Cena nº2, Dezembro 2004
O novo número da revista da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT), Sinais de Cena (Dezembro 2004), desenha-se sob o signo da arquitectura, no seu sentido mais lato. A arquitectura do espaço (cenografia), dos elementos e corpos (encenação) e da memória. Parece assim fazer esticar a máxima que Nuno Carinhas, um dos cenógrafos entrevistados por Paulo Eduardo Carvalho («Dramaturgias do espaço», p. 27-29), utiliza para a cenografia: "deveria ser tão essencial que seria impossível passarmos sem ela".
Através destas linhas mestras, os críticos e investigadores que assinam o 2º número da revista editada em Fevereiro deste ano procedem à organização de um olhar sobre o processo criativo, alicerçando-se em práticas que devem trabalhar em conjunto para o resultado final. Se por um lado, e como lembra o teórico francês Patrice Pavis («De onde vem e para onde vai a encenação?», p. 59-68), "quisermos conhecer a actual situação do teatro precisamos observar o modo como a encenação o concretiza", é fulcral reconhecer que "a ilusão dramática é gerada, em grande medida pelo imaginário e pelas sugestões - de contexto, de abstração, de realismo, de época - que o cenário evidencia ou induz, de forma mais ou menos afirmativa no seu próprio discurso, mais ou menos dialética relativamente ao trabalho de encenação" (p.9). Esta última afirmação, assinada por Mónica Guerreiro e Miguel-Pedro Quadrio e inscrita no texto introdutório ao dossier de cenografia teatral que construiram para a coordenação deste segundo número da Sinais de Cena, parece indicar que a revista da APCT se quer como observadora do acontecimento teatral e até como instigadora de um discurso que apresente e fixe tendências que a efemeridade do acto de observação não reconhece.
Na verdade a cenografia é uma das práticas responsáveis pela 'memorização' de uma proposta teatral, logo do conjunto de ocasos que contribuem para a realização/apresentação dos espectáculos. Desta forma aquilo que os críticos fazem não é mais que resgatar para primeiro plano uma prática que condiciona, até de formas dificilmente explicáveis, a percepção/recepção de um espectáculo de teatro. Maria Helena Serôdio, directora da Sinais de Cena, fala de uma exploração de "outros lugares e outras perspectivas, observando, afinal, refracções de uma mesma realidade vasta e complexa, que exige, justamente porque o é, desdobramento de processos e uma permanente transversalidade de relações" (p.7).
No dossier dedicado à cenografia teatral, os coordenadores deste número pensam o trabalho de António Lagarto («Lógicas Visuais», Paulo Eduardo Carvalho, p.10-12), Cristina Reis («O espelho de Cristina», Miguel-Pedro Quadrio, p. 13-15), Eric da Costa («Disrupção a três dimensões», Vanda Piteira, p. 16-17), João Mendes Ribeiro («Essencialidade, austeridade, silêncio», Mónica Guerreiro, p. 18-21), José Manuel Castanheira («Persistências e adaptações», Luis Francisco Rebello, p. 22-23), Manuel Graça Dias e José Egas Vieira («Um trabalho em equipa para se ir sempre mais longe», Selda Soares, p. 24-26) e o já referido Nuno Carinhas. As opções atravessam diversas tendências, práticas, estéticas, filosofias e até diferentes condições de produção numa tentativa de acompanhar essa "sugestão cartográfica de movimentos e percursos até à enésima repetição" (p. 18).
Os artigos sobre os cenógrafos, mais do que percursos biográficos procuram compreender os limites de uma prática que, numa primeira leitura se coloca ao serviço de um todo. São por isso olhares de fora que pensam "o lugar e a importância das suas intervenções na criação teatral contemporânea" (p.9). De salientar ainda as bibliografias citadas em alguns artigos que contribuem para uma biblioteca tão urgente como necessária sobre o espaço e a arquitectura teatral em Portugal.
No que diz respeito à encenação, a Sinais de Cena apresenta vários artigos que reflectem formas de encarar o trabalho de encenação. Para além do texto de Patrice Pavis referido anteriormente, são incluídos dois artigos sobre formas de considerar o papel da encenação na construção de um dispositivo que envolva não só quem recebe, mas, e sobretudo quem faz. Uma vez que, como defende Pavis a encenação é "tida como responsável pela dificuldade que o teatro tem em nos afectar" (p.63).
Alexandre Kelly, do grupo britânico Third Angel, apresenta-nos um resumo do que foi a sua experiência com um conjunto de criadores portugueses no ano passado na Gulbenkian onde trabalhou o conceito de devised theatre: "uma forma reactiva de trabalhar, que acolhe a sorte: o acidente, o acaso, o inesperado ou o imprevisível" («Ensinando encenando devising», p. 69-71). João Maria André («A dor, as suas encenações e o processo criativo», p. 72-78) reflecte sobre a utilização do corpo e o testar dos seus limites e resistências na arte e, sobretudo, na performance e na body art. Um ensaio que procura contextualizar o trabalho de criadores que transformam o modo como recebemos/reagimos a objectos que por mais que tentemos encontrar outra definição são, na sua essência, teatro. Porque, como como sintetiza Patrice Pavis em relação à encenação, estes três textos/olhares/universos/perspectivas mais não são que o identificar de uma arquitectura sobre "a arte de exprimir qualquer coisa, de compreender a mensagem e o ruído, tornando-se preferencialmente na arte de fazer emergir o silêncio para um espectador à espera de sentido." (p. 68).
Os três artigos permitem ainda perceber que a Sinais de Cena se quer como receptáculo de artigos sobre o teatro e as artes performativas, recuperando assim intervenções, comunicações e outros que se vão fazendo sobre a área.
O que podemos identificar como terceiro núcleo deste número da Sinais de Cena prende-se com o que acima referi como arquitectura da memória: o recuperar de situações, nomes, passados e percursos que permitiram/permitem a construção de uma história do teatro em português. Mais do que as críticas que são incluídas na revista (que pela diferença entre a data de estreia e publicação se tornam menos críticas e mais revisitações, permitindo um diálogo com os objectos ausente das pressões dos tempos de apresentação, leia-se juízos de valor que podem permitir a opção de assistir ao espectáculo), são de destacar a entrevista de fundo a Manuela de Freitas («Uma actriz que é 'tudo ou nada'», Sebastiana Fadda e Rui Cintra, p. 41-53), o portefólio sobre a companhia O Bando («Imagens que fizeram história», Ana Pais, p. 30-40) e a investigação amplamente documentada foto e bibliograficamente sobre o extinto Teatro Avenida, em Lisboa, da responsabilidade de Nuno Costa Moura («Hoje e sempre, fora dos eixos», p. 121-128). Percursos que permitem contextualizar um teatro português que se quer menos efémero e mais actuante, no que isso representa de reconhecimento de um presente devedor de um passado.
A revista Sinais de Cena apresenta-se assim mais organizada e definida, procurando junto do público-leitor (que se sabe não ser só o académico/artístico) um lugar para um pensamento mais aprofundado sobre o que se faz e o modo de fazer. Por isso a atribuição da coordenação dos números a pessoas específicas permitirá a construção de objectos mais atractivos, porque direccionados ou, no limite, a permitirem-se a uma organização por quem lê.
E nesse aspecto não é de descurar o cruzamento de diversos nomes desde críticos a investigadores e criadores, com as mais diversas estéticas e posições sobre o papel da crítica, da investigação e da observação do fenómeno teatral. Um trabalho que permite também o reforçar dos laços que foram sendo estabelecidos com alunos que fizeram o Curso de Especialização e Mestrado em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras, através do Centro de Estudos de Teatro, colaborador na edição da Sinais de Cena. Contudo, ainda que o público especializado possa saber quem escreve o quê, porque a Sinais de Cena se quer aberta a um público mais vasto (razão pela qual se encontra à venda) seria interessante, e certamente útil, podermos identificar os autores dos artigos através de breves notas biográficas, que mais não fosse indicassem o local onde praticam crítica/análise de espectáculos e investigação. Não só permitiria a referida identificação, mas contribuiria para um estreitar de laços entre quem procura mais informação sobre o teatro e as artes performativas e quem o pensa. Sobretudo porque sendo o espaço dedicado à crítica cada vez mais pequeno (e afinal uma das razões de ser da Sinais de Cena), faz todo o sentido 'transportar' públicos e formar outros.
Na mesma linha da 'conquista de públicos', convêm salientar que há aspectos que impedem a Sinais de Cena de se evidenciar e anular o efeito de pertença a uma academia nem sempre vista com a justiça do seu trabalho. Nomeadamente no que diz respeito ao grafismo. Ainda que se compreenda que a revista é feita com o esforço, dedicação e entrega de todas as partes, no que isso representa de ausência de apoios, certamente existirão alternativas para trabalhar a imagem e a qualidade das fotografias apresentadas, bem como apostar numa actualização das mesmas, no caso dos biografados/entrevistados e portefólio
Este tipo de observações reconhecem no entanto a pressão a que se sujeitam estes objectos, fruto de ultrapassagens das capacidades das instituições, dos colaboradores e dos objectos de estudo. Por isso mesmo, pensando e sabendo a importância de uma revista como a Sinais de Cena, espera-se que a forma não tráia o conteúdo. Contra a efemeridade e a indiferença, portanto. Em nome, obviamente, de um enriquecimento dos estudos teatrais. E do teatro que se quer fazer e questionar.
Título: Sinais de Cena n.º 2 - Dezembro 2004
Edição: Centro de Estudos de Teatro
Distribuição: Campo das Letras
Preço: 12 €
Sobre o 1º número da Sinais de Cena ver aqui.
Agradece-se a colaboração da Campo das Letras na disponilização da revista para recensão. Nem todos os links correspondem aos artigos indicados, antes servem de contextualização.
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