quarta-feira, março 01, 2006

Prémios da Crítica 2005

A Associação Portuguesa de Críticos de Teatro anunciou já os escolhidos para os Prémios da Crítica 2005. O júri, constituido por Maria Helena Serôdio, Paulo Eduardo Carvalho, Sebastiana Fadda e João Carneiro, decidiram atribuir em ex-aequo o Grande Prémio da Crítica 2005 aos espectáculos Um Homem é um Homem, encenação de Luís Miguel Cintra para o Teatro da Cornucópia, e Ubus, encenação de Ricardo Pais para o Teatro Nacional São João. Foram ainda indicadas três menções honrosas que distinguem o dramaturgo Miguel Castro Caldas, o elenco da peça Luz na Cidade, Marco Delgado, Rui Mendes, Nuno Gil e São José Correia, com encenação de João Lourenço para o Teatro Aberto, e o espectáculo Serviço d'Amores, de Maria Emília Correia, apresentado no Teatro Nacional D. Maria II.

Os prémios, que serão entregues no dia 27 de Março, Dia Mundial do Teatro, na Sala dos Espelhos do Palácio Foz (Restauradores), em Lisboa, são atribuídos desde 2003, ano em que a APCT se refundou. Têm como objectivo "destacar em cada ano artistas, criadores ou intérpretes, espectáculos, estruturas de produção, criação, difusão ou formação, bem como quaisquer outros eventos ou publicações que integrem o domínio das artes performativas e aos quais se reconheça uma invulgar contribuição para o panorama artístico nacional", escreve a APCT no site.

As escolhas deste ano, foram aprovadas por unanimidade e justificadas em comunicado. Assim, acerca de Um Homem é um Homem diz a APCT: "Revelando uma extraordinária inventividade e uma exímia coerência artística, o espectáculo dava conta de uma brilhante leitura dramatúrgica, abordando a ironia e o sarcasmo na exposição dos mecanismos ideológicos da desumanização, tal como se desenvolvem no projecto estético de Brecht, aqui devolvido à sua específica marca modernista. Essa leitura surgia realizada artisticamente de forma superlativa pelas muitas contribuições criativas, admiravelmente orquestradas por uma prodigiosa encenação (e direcção de actores) de rara inteligência e sensibilidade. "

Sobre Ubus: "Através da convocação de diversas imagens de uma certa portugalidade, figuradas de forma exemplar a nível dos figurinos, da cenografia, da música e da dança, Ricardo Pais propôs-nos, com UBUs, um exercício cénico que simultaneamente actualizava a agudeza crítica do universo de Alfred Jarry e potenciava as suas possibilidades lúdicas, desse modo proporcionando uma experiência singular de irrisão e comunicabilidade" demostrando "de forma eloquente a seriedade e consequência do trabalho criativo e formativo que Ricardo Pais vem há anos desenvolvendo no Teatro Nacional S. João, através da proposta regular de desafios imaginativos que constituem um dos mais estimulantes projectos de labor cénico da criação teatral portuguesa contemporânea. "

Acerca das menções honrosas:

"O dramaturgo Miguel Castro Caldas vem revelando um singular labor de escrita que brinca ironicamente com as palavras num jogo subtil entre a desmistificação de lugares comuns e o encantamento poético. Dele se encenaram em 2005 Nunca-Terra em vez de Peter Pan (pela Primeiros Sintomas em co-produção com a Culturgest) e É bom boiar da banheira (uma co-produção da Primeiro Sintomas e Chapitô). A ele se deveu ainda a co-tradução de A fábrica de nada, da holandesa Judith Herzberg, que os Artistas Unidos levaram à cena também em 2005, em co-produção com a Culturgest.

O espectáculo Serviço d’amores, encenado por Maria Emília Correia (numa produção do Teatro Nacional D. Maria II, com a colaboração de As Boas Raparigas...), partia de uma composição dramatúrgica “de desbragada fantasia” com que a encenadora abordava o universo vicentino, emprestando-lhe uma atraente dimensão sensual e plástica, uma expressiva atmosfera musical, e uma intenção paródica que, não desfigurando os textos de Gil Vicente, dava uma face divertida ao desconcerto de amores que o autor neles representa.

O elenco do espectáculo Luz na cidade – Marco Delgado, Nuno Gil, Rui Mendes e São José Correia – encenado por João Lourenço (produção do Novo Grupo/Teatro Aberto), destacou-se pelo facto de este conjunto de actores conseguir, individualmente, a criação de personagens perfeitamente caracterizadas, em habilíssima consonância com a delicada organização ficcional e narrativa do texto do irlandês Conor McPherson, desse modo potenciando o carácter homogéneo e a coerência do seu trabalho enquanto grupo."

7 comentários:

Anónimo disse...

BUUUUUUUUUUUU............................................................................................

Anónimo disse...

ok ok ok... a piada é gira... mas quem são mesmo os melhores? a sério... vá lá...

UniversitYliopisto disse...

bora começar todos a "dar faces divertidas" a textos da dramaturgia bafienta portuguesa?

Anónimo disse...

ridiculo

Anónimo disse...

O novo director do trindade é o fraga. hehehe. só lhe falta o teiro...

Anónimo disse...

ao bato tb lhe falta o teiro

Anónimo disse...

assim não vale
só aos bons não
e candidatos à Menção Desonrosa?