sábado, janeiro 28, 2006

O que deve ser o Teatro Nacional

Nos dias de hoje as nações são rizomas. E como tal um Teatro Nacional [TN] deve servir um tecido cultural composto por comunidades dispersas e heterogéneas. O TN deve ser um “Monstro Mutante”: um espaço dinâmico e de circulação de ideias (politeísmo de valores), com uma auto-exigência de mobilidade e pensamento progressivo. Deve ter mais medo de incêndios e inundações do que de propostas arriscadas (já que, sendo de sólida construção, um abanão de vez em quando só faz bem). Não se deve cingir a leituras antropológicas e classicistas de textos (não se tornando assim num cliché de si próprio), nem fomentar um teatro estandarte de ideias totalitárias (vivemos num real plural); mas pelo contrário afirmar-se como um local de peso e visibilidade perante as comunidades, fomentando a fortificação de linguagens emergentes que ainda não se tornaram alfabetos reconhecidos por direito próprio, tendo assim um comportamento exemplar, aferidor e, por isso, definidor de contextos. O TN não deve ter significado mas deve ter significantes, deve viver ‘aqui’ e ‘agora’ envolvendo o ‘ali’ e ‘outrora’ (há fantasmas estruturantes). Não deve representar mas transformar o mundo, espelhando um pensamento ligado ao ‘espírito do tempo’.
E a ser uma figura geométrica… seria um círculo tracejado.

Pedro Penim, actor e encenador
in jornal PÚBLICO 22.01.06

12 comentários:

Anónimo disse...

iSTO SÃO SÓ IDEIAS VAGAS. utopias de adolescência. bem intencionadas mas apenas isso. Foram publicadas simultâneamente outras opiniões bem mais interessantes. Este principio do favoritismo é que tem feito com que o TN não funcione por cá. Pode haver parcialidade mas com critérios definidos e transparência.

Tiago disse...

ó anónimo, o artigo não está online, eu estou em frança, so tive acesso a este texto pq o autor mo cedeu. Se porventura tiver o artigo faça o favor de mo mandar por mail. agradece-se.

Anónimo disse...

Sr anónimo
1º Ideias vagas - Estamos a falar de um jornal (não da revista finisterra). Se o sr. acha que quer mais conteúdo, então peça ao autor um ensaio. COm certeza que ele lhe facultará um com mais detalhes e menos alegorias.
2º Adolescência. 30 anos, adolescência? (Realmente, qq coisa serve para o sr. insultar as pessoas, já não tem discernimento).
3º bem intencionadas, mas apenas isso??? (Deve estar a gozar, com certeza, sr. diabito, mas ainda bem que é o único).
4º Se não consegue captar o que foi dito, problema seu, mas agora: o texto é claríssimo no papel que deve ter um teatro nacional (e se reparar bem, e viajar muito, todas as características apontadas por pedro penim, são notórias nos teatro nacionais europeus. Pena que o sr. disso pareça não ter consciência).
5º mas porque continuo eu a armar-me em justiceiro?? Serei o único a ser bom neste país!!

Anónimo disse...

Não se enervem. Esse Sr. anónimo apenas expressou opinião. amet, eu também sou bom, até apelo à calma...

Anónimo disse...

Nuno
NÃO ESTOU ENERVADO.
ESTOU FARTO DESTES ANÓNIMOS QUE PERPETUAM O ALIMENTAR 'ÓDIOS DE ESTIMAÇÃO'. QUE DIGAM LOGO, ABERTAMENTE, QUEM SÃO OS ALVOS A ABATER (no qual a minha companhia se inclui, tenho plena consciência). AGORA ESTE 'PICKING ON' DISSIMULADO, É QUE JÁ É PATÉTICO. VOLTO AOS MEUS ANOS DOS E.U.A., E, DEFINITIVAMENTE, NÃO QUERO QUE O MEU PAÍS SE TORNE NUM E.U.A. (embora muito deva a essa nação, o 'grau zero' de sociabilidade alertado por bordieu, tem de ser abolido e já).

Anónimo disse...

errata: bourdieu

Anónimo disse...

É necessário fazer um balanço com bases técnico-culturais credíveis da actividade dos dois Teatros Nacionais, inseridos no conjunto das Unidades de Produção do Estado, terá de ser o ponto de partida. E não é difícil prever que tudo apontará para a continuação do desenvolvimento institucional previsto nos diplomas orgânicos de origem em que se assumiu o conceito de serviço público e se explicitou como concretizá-lo, sublinhando-se a assunção da perspectiva ligada à tradição, à modernidade, à escrita nacional, à formação e à internacionalização do nosso teatro, numa lógica verdadeiramente culta e informada, bem como a necessidade de se trabalhar com base em Planos de Actividade Plurianuais devidamente garantidos em termos de financiamento.

Anónimo disse...

ah ok, este blog é do teatro praga. nada contra...mas desce na minha consideração

Anónimo disse...

sr. anónimo
Por acaso está enganado. Este blog é de Tiago Bartolomeu Costa, que dá o nome pelas conquistas e pelos fracassos, e que se dedica a algo fundamental sem qualquer tipo de remuneração (o que neste país pequenino e mesquinho, que o sr. representa e bem, é raríssimo acontecer).
Se tem alguma coisa a dizer ao teatro praga consulte: http://teatropraga.blogspot.com.
Se não tem nada a dizer (e dá para perceber que não tem, pelo seu post), continue a fazer uma bela visita por este blog, recheado de informações diversas (críticas, publicidade, análises feitas por várias personalidades etc), e agradeça ao sr. tiago, pelo tempo que dedica (que é o mesmo que o nosso), pela sua honestidade (quer goste dela ou não), e pelo seu investimento pessoal (e se tiver pena, que dúvido que tenha pela tagarelice atrás mencionada, peça ao tiago o seu nib e faça uma doação para o seu 'enterprise').
De resto, depois de sair do blog, consulte o Correio da Manhã. Lá, com certeza, não encontrará nada sobre o maldito teatro praga.
(Esta perseguição já começa a trasandar). Procure o seu caminho, e deixe os outros trabalhar (por si, para si e, felizmente, fora de si).

Anónimo disse...

Deformed, unfinished, sent before my time into this breathing world, scarce half made up,and that so lamely and unfashionable that dogs bark at me as I halt by them
- Why I, in this weak piping time of peace, have no delight to pass away the time, unless to spy my shadow in the sun and descant on mine own deformity.

Anónimo disse...

Bem me parecia.

Anónimo disse...

"To be, or not to be: that is the question:
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing end them? To die: to sleep;
No more; and, by a sleep to say we end
The heartache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to, 'tis a consummation
Devoutly to be wished."