terça-feira, janeiro 31, 2006

O Cinema e a experiência do mundo - ciclo de conferências

por Augusto M. Seabra
Culturgest, Lisboa



O cinema é um facto corrente, até cada vez mais, com o que isso também supõe de depreciação. A crescente ordem doméstica de consumo de filmes em suportes que já não a da projecção, retirou a recepção cinematográfica do espaço público e colectivo e tornou-a ainda mais sedentária, quando os pressupostos da arte cinematográfica a faziam potencialmente de todas a mais nómada, aquela que permitiria conhecer maior diversidade de culturas e imaginários. Mas este pode ser também o quadro para repensar radicalmente a experiência cinematográfica como modo de conhecimento.


1 de Fevereiro – “O que é o cinema?” ou a infindável questão

Um dos primeiros espectadores, Gorki, falava da “estranheza deste mundo”, do “reino das sombras” – “não a vida, mas a sombra da vida, não o movimento da vida, mas uma espécie de espectro mudo”. Quando o cinema começou a ser também considerado no campo da teoria estética, um Panofsky não hesitou em considerá-lo como “a realidade física enquanto tal”. Será “a verdade a 24 fotogramas por segundo” como pretendeu Godard? Imaginário e realismo, os termos de todo um debate de décadas, sobreviverão às tecnologias digitais?

Proxima conferência: 8 de Fevereiro – A hipótese do espectador

Culturgest
18h30
Pequeno Auditório e Sala 2
Entrada gratuita
Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início da sessão, no limite dos lugares disponíveis

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