domingo, janeiro 22, 2006

Hoje, no Porto

Com o pais mergulhado no resultado eleitoral, ninguem vai ler isto... Ainda assim importa dar conta das posições de Luis Miguel Cintra, director do Teatro da Cornucopia e recente galardoado com o Prémio Pessoa 2005, acerca da gestão dos teatros nacionais feitas no âmbito de um debate realizado no Teatro Nacional S. João: "Está a comer-se o dinheiro todo entre os teatros nacionais e as companhias velhas. Não se apoiam projectos criativos novos".


O director da Cornucópia defendeu que os teatros nacionais deixem de ser estruturas de produção e programação próprias, e passem a existir como "estruturas disponíveis para apoio à actividade teatral", acolhendo criadores com projectos de qualidade, mas sem espaço onde os implementar.Luís Miguel Cintra considerou o TNSJ um "teatro híbrido", dado que faz uma parte do que deveria fazer, apoiando novos criadores, mas sem deixar de ser um "Teatro Ricardo Pais", centrado na produção criativa do seu director e do grupo de pessoas que o acompanham regularmente."O S.João está a chamar produções independentes, mas cria uma espécie de gatas borralheiras: dá-lhes apoio num determinado momento, mas depois não há mais nada", afirmou, salientando que não é este o modelo que advoga para os teatros nacionais.

1 comentário:

Anónimo disse...

"é sempre melhor estar um criador do teatro à frente de um teatro nacional, do que apenas um administrador".

O Luis Miguel foi simpático em chamar-lhe administrador. Depois da patacoadas dos triangulos e da dramaturgia internacional pela internet...