sábado, julho 09, 2005

Ocupar o coração - hoje

LIGNE DE FUITE
de Philippe Genty (França)
Centro Cultural de Belém
21h00

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O que é que há portanto na ponta destas linhas de fuga? Um ponto. Um ponto de fuga. Um ponto que cresce no horizonte. Um ponto que se interroga. Um ponto que poderiam ser vocês, eu... Vocês na extremidade desta linha e eu na outra ponta. É emtodo o caso o que nos diz essa personagem que nos puxa para a profundidade destes abismos do fundo de nós mesmos, à procura de uma vítima, vocês ou eu, ou de um assassino: por que não vocês ou talvez eu?

Philippe Genty

Construtor de paisagens mentais, fantasmagorias surrealistas, Philippe Genty conjuga os seus bailarinos, actores e marionetistas num puzzle vertical povoado por animalejos imaginários. Um mergulhador de escafandro, dependurado, ondula por cima de mares inesperados e abismos sem fundo. Com um apetite e um humor devastadores, um ogre autodevora-se.Os aventureiros de Linha de Fuga espalham-se no horizonte, repousam lá. Na sua odisseia cruzam-se com uma dançarina caprichosa, um mestre manipulador irrisório e patético, um cleptomaníaco controlador do tempo a meio-tempo, e outros exploradores de tamanho variável consoante o tempo e o ambiente.

Pierre Notte

Na nossa abordagem do teatro, a cena é um espaço que não se parece com nenhum outro. Não se trata do lugar da vida, mas doutro espaço. Um espaço que não se pode habitar tentando reproduzir a vida, tentando ser naturalista. Trata-se de um espaço entre parêntesis. Não se trata do espaço do sonho mas de um espaço que, tal qual como o sonho, é de uma outra natureza que não a realidade. A cena existe para nos fazer escorregar para os abismos.

Philippe Genty

LIGNE DE FUITE
de Philippe Genty Assistência de encenação Mary Underwood Música René Aubry Desenho de luzes Patrick Rioux Figurinos Charline Bauce Actores | manipuladores Dominique Cattani, Marjorie Currenti, Sónia Enquin, Meredith Kitchen, Scott Koehler e Lionel Ménard Técnicos | manipuladores Didier Carlier, Franck Girodo, Pascal Laajili e Grâce Rondier Desenho de luzes Martin Lecarme Efeitos especiais Nick von der Borch Concepção de objectos de cena Stéphane Puech

duração: 1h20
Idioma: francês (legendado em português)

O espectáculo repete amanhã às 17h00 e segunda-feira às 21h00

Bilheteira:

Bilhete normal: de 5 a 20€


OS GUARDAS DO MUSEU DE BAGDAD
pelo Teatro dos Aloés (Portugal)
Palco Grande da Escola D. António da Costa (Almada)
22h00

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criação no festival

O desenvolvimento da ciência e da tecnologia do último século parecia garantir um inigualável progresso para a humanidade, capaz de modificar a vida social de forma incomparável. Essa esperança parece ser, porém, uma utopia adiada para muitos, porque o que verificamos é que esse possível esplendor de civilização beneficia apenas muito poucos. A luta pela sobrevivência, que muitas vezes significa literalmente pela vida, continua o primeiro e quase único esforço da maior parte dos seres humanos, que consomem nele todo o seu tempo, todas as suas energias e todas as suas capacidades.Há forças que comandam o mundo em nome de uma minoria que tudo detém. O regresso à barbárie, ao obscurantismo e à irracionalidade mais fanática é constatação de todos os dias, preenchendo as páginas de todos os jornais.A cultura, que é a matéria que gera o progresso e a liberdade, está prisioneira de orçamentos e desígnios que não pressupõem o bem-estar e a felicidade dos povos.A perplexidade dos guardas das obras da ciência e das artes perante o mundo provoca uma inquietação e uma angustiante impotência, fechando-os muitas vezes no labirinto do saber e na incapacidade de agir no mundo real.Colocada na situação extrema da guerra e escrita em dois planos, o do quotidiano e o da metáfora, Os Guardas do Museu de Bagdad questiona a importância do teatro como alerta e tomada de consciência.

OS ALOÉS

OS GUARDAS DO MUSEU DE BAGDAD
Texto e encenação José Peixoto Intérpretes Jorge Silva, José Peixoto, Elsa Valentim e Leonor Cabral Cenografia e figurinos Ana Brum Música Luís Cília Iluminação Carlos Gonçalves Grafismo João Rodrigues

duração: 1h30
Idioma: Português

Bilheteira:

Bilhete normal: 13€ /Bilhete com desconto (menos 25 anos, mais 65 anos): 7€


Outros espectáculos hoje:

A MONTANHA DA ÁGUA LILÁS
pelo Teatro Meridional (Portugal)
Fórum Romeu Correia (Almada)
17h00

Mais informações aqui.

MUSIC HALL
pelos Artistas Unidos (Portugal)
Centro Cultural de Belém (Lisboa)
21h00

Mais informações aqui.

A CADEIRA
pelo Teatro da Cornucópia
Teatro do Bairro Alto (Lisboa)
21h30

Mais informações aqui.

AS REGRAS DA ARTE DE BEM VIVER NA SOCIEDADE MODERNA
pelos Artistas Unidos (Portugal)
Teatro Taborda (Lisboa)
22h00

Mais informações aqui.

Todas as informações sobre bilhetes e assinaturas aqui.

Outras actividades complementares:

Debates:

Jean-Luc Lagarce e o teatro francês contemporâneo
Teatro Municipal de Almada
14h30

Com: Alberto Seixas Santos (realizador de cinema e encenador), Alexandra Moreira da Silva (tradutora), Andreia Bento (encenadora), François Berreur (encenador), Jen-Pierre Han (ensaísta, críticos teatral e director da revista Frictions), Jorge Silva Melo (encenador e dramaturgo), Jorge Martins (encenador)

Música:

TRIO DE GUITARRAS
Palco Grande da Escola D. António da Costa, Almada
21h00

Exposições:

Ver programa aqui.

Todas as informações sobre o 22º Festival de Almada podem ser consultadas aqui.

Ver dossier OCUPAR O CORAÇÃO - O MELHOR ANJO NO 22º FESTIVAL DE ALMADA

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