quarta-feira, maio 25, 2005

outras colaborações

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Frederico ficou surpreso com o desafio de Carolina. Na verdade ficou fascinado pela atitude daquela mulher de longos cabelos castanhos, pele clara e umas pernas que mereciam a saia que ele tanto queria levar. Ficou surpreso pela forma como ela o tinha arrebatado e o deixara sem saia no meio do corredor de mesas da loja. E depois ouviu o seu nome.

- Então, que tal me fica? - perguntou Carolina rodando sobre si mesma e encostando-se à parede em pose de modelo. - Têm coragem de levar a saia.
- De facto... - Frederico estava sem palavras. Carolina parecia outra naquela saia leve e estampada. Uma saia que parecia feita para Carolina, de tal forma lhe assentava nas belas pernas. E começou a cantar:
- A saia da Carolina...
- ... tem um lagarto pintado, eu sei. É por isso que eu não usava saias. Não gosto de lagartos. Imaginava que me subiam pelas pernas. Que quer, um trauma de miúda. Expectativas dos outros que eu nunca aceitei. Não gosto de ter répteis a subirem-me pelas pernas.
- Isso aplica-se aos homens também?
- A todos os répteis. - disse Carolina jocosa.
(...)

A saia da Carolina, de Teresa Resende (a publicar brevemente)

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