quinta-feira, maio 19, 2005

A love song for Bobby Long

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Há algo de mágico e envolvente neste amarga e solitária história passada no sul dos Estados Unidos. Não sei se é o ambiente lento provocado pelo calor intenso de Alabama, se a carga emocional que cada uma das personagens carrega. Não é certamente a surpresa da história. É inevitável sabermos o seu final. É sempre assim. E, no entanto, não nos incomoda.

Talvez seja o carisma de John Travolta. Bem sei que juntar "carisma " e John Travolta na mesma frase é quase puxar as coisas a um limite pouco credível. Mas, em abono da verdade, em A Love song for Bobby Long, está ausente uma imposição e uma arrogância (ou uma humildade bacoca) tão característica noutros filmes. E depois há Scarlet Johanson, figura quase secreta e tão longe da ideia de uma estrela em ascensão.

O tempo quente e arrastado do sul bêbado americano, as cores amarelecidas pelo sol, os corpos suados, o jazz, os desencontros... e a família a ser aquilo que escolhermos. E no entanto tudo tão ausente de clichés.

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Sem grandes expectativas, é favor estenderem-se numa cadeira e adormecerem (no bom sentido) em frente a este filme.

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