segunda-feira, fevereiro 14, 2005

O sexo comme il faut

O filme de Bill Condon, Kinsey, é um belo fresco que deveria servir para nos fazer pensar sobre o que achamos que temos como sexualidade. Mais do que um retrato sobre o homem, é uma amostra das dificuldades em se lidar com o próprio corpo, desejos, fantasias, fantasmas e segredos.

Utilizo o termo amostra porque o que Kinsey fez permitiu ler melhor o Homem, mas não o definiu. Antes o alertou para a descoberta de algo tão pessoal que não deve ser reprimido.

O filme é muito interessante, honesto e mais sério do que possa ser lido à primeira. Porque às vezes o sexo não é só um mistério. É um problema se não for totalmente integrado na vida quotidiana.

E para se perceber que o tema, e a abordagem são polémicas, basta ver que o filme foi totalmente ignorado pela Academia que atribui os Oscars. Só Laura Linney está na corrida. Mas o trabalho de Liam Nesson, de Peter Sarsgaard e de argumento e realização são impressionates. Porque secos, porque não cedem, porque obrigam a pensar.

A ver, obrigatoriamente.



Mais sobre o trabalho de Alfred Kinsey e um exemplo dos seus estudos: a escala Heterossexual-Homossexual