terça-feira, fevereiro 22, 2005

Dia Europeu da Vítima do Crime


A Associação Portuguesa de Apoio à Vítimas está sem fundos e pode mesmo vir a fechar em Março. Esta situação está a ocorrer uma vez que a organização não conseguiu renovar os apoios do Estado há dois anos.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) está em risco de fechar portas, pois neste momento apenas dispõe de fundos suficientes para sobreviver até Março, isto após dois anos de tentativas de renegociação de apoios do Estado.

Em declarações à TSF, o secretário-geral da APAV vê como muito complicada a manutenção da associação a manter-se este estado de coisas, que já levou à diminuição dos processos de apoio devido ao corte nos horários de alguns gabinetes e ao fecho de outro na área metropolitana de Lisboa.

João Lázaro indicou que falta o dinheiro para pagar não só aos técnicos que coordenam o voluntariado da APAV, mas também as contas da água, luz e rendas, pois o protocolo que estabelece o apoio do Estado não foi renovado há dois anos.

«Depois de grande esforço da APAV para fazer com que o Governo, a nível dos ministérios e do Gabinete do primeiro-ministro, pudesse chegar a um acordo que para nós é essencial este ainda não foi possível», acrescentou.

O secretário-geral da organização clarificou ainda que esta alerta não chega por causa da realização das eleições, mas porque os fundos da APAV estão esgotados.


in TSF


Homens queixam-se cada vez mais de maus tratos

São cada vez mais os homens que se queixam de violência doméstica, representando 15% das participações na GNR e PSP em 2004, segundo o Gabinete Coordenador de Segurança (GCS). A percentagem das vítimas masculinas é idêntica nos meios rurais e urbanos, o que revela uma alteração das mentalidades, defendem autoridades policiais e os técnicos. No ano passado registaram-se 14 959 processos no total, menos 2468 do que em 2003.

"O número de vítimas homens está a aumentar e, provavelmente, são muito mais que os que se queixam", refere a socióloga Elza Pais, a fazer um doutoramento sobre violência conjugal. De acordo com a socióloga, o homem que admite ser maltratado pelo cônjuge ou companheira ainda é malvisto na sociedade portuguesa. "É preciso ter muita coragem para apresentar queixa por ter sido agredido pela mulher, sobretudo nos meios pequenos", diz Leonel Carvalho, secretário-geral do GCS.


in DN



Site da APAV

Site da Aministia Internacional