domingo, fevereiro 20, 2005

9ª Mostra de Teatro de Almada (hoje)


ARMADILHA

MIAUZZ UMA RATSÓDIA PARA TODOS
de António Rocha
espectáculo para bebés



20 de Fevereiro às 15:30 e às 17:30
no AUDITÓRIO FERNANDO LOPES GRAÇA

Encenação Armadilha Interpretação António Rocha, Arminda Moisés Coelho, Pedro Sousa, Katarzyna Pereira, Miguel Cintra e Manuel Vieira Figurinos Arminda Moisés Coelho Grafismo Rui Rocha Luz Celestino Verdades Som Armadilha Cenografia Arminda Moisés Coelho Produção Executiva Armadilha em co-produção com Teatro Extremo Co-Produção Teatro Extremo

O "Miauzz" é um espectáculo para bebés, crianças pequenas e pais. Não vamos "dar uma aula", "ensinar música". Pensamos que todos têm direito a ter momentos lúdicos/artísticos independentemente da idade. Gostaríamos que os nossos espectadores tivessem uma resposta estética em relação a este trabalho.

Na base deste espectáculo está o nosso grande prazer em trabalharmos com crianças pequenas. Somos todos professores e as sessões de música para bebés têm sido uma fonte inesgotável para a nossa criatividade. Temos objectivos pedagógicos, mas descobrimos o lado prazenteiro de ensinar/orientar as crianças. Antes de sermos professores, somos músicos. Por isso, procurámos fugir ao lado pedagógico-didáctico envolvido neste trabalho e tentámos encontrar o nosso lado mais musical e teatral, de "faz de conta". Todavia, somos devedores dos estudos sobre psicologia da música e, em particular, da obra de Edwin Gordon, investigador e pedagogo musical norte-americano. A sua Teoria de Aprendizagem Musical para Recém-nascidos e Crianças Pequenas preconiza a orientação musical a partir do nascimento, visto que a música se aprende como uma língua. O objectivo desta orientação musical é levar as crianças a compreender a música como músicos, ou seja, audição. Esta é a forma como entendemos a música. Ela é da mesma natureza que o pensamento, mas própria do fenómeno musical.

Este espectáculo é para se ouvir, seja por bebés, por crianças pequenas e adultos de acordo com as capacidades e o gosto que cada um possui. Por tudo isto "Miauzz" vai divertir e cativar os pais e os mais pequenos.

Armadilha

A Armadilha Associação de Teatro e Música com Cultura, é uma nova Associação sem fins lucrativos com sede no concelho de Almada.
O projecto Armadilha teve início com a peça "Armadilha de Medusa" de Erik Satie, subsidiada pelo IPAE - MC no ano de 2002., espectáculo que teve a responsabilidade de Arminda Moisés Coelho. Este projecto tem como objectivo criar um grupo de trabalho à volta de espectáculos multidisciplinares, com artistas de várias áreas (música, dança, teatro, expressões plásticas, etc.).

A base sobre a qual pretendemos apoiar o nosso trabalho será a exploração de textos literários/teatrais de músicos. Nesta perspectiva, procuramos futuramente criar espectáculos a partir de textos dramáticos, nomeadamente, Schoenberg e John Cage.

A peça "Armadilha de Medusa" de Erik Satie, apresentada no Teatro Extremo, em Almada, teve boa adesão por parte do público havendo já um trabalho feito para o Festival Sementes - Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, do Teatro Extremo, em Maio de 2001, fomos convidados a criar um novo espectáculo para o ano seguinte.

Daqui nasceu o espectáculo "Miauzz - Uma Ratsódia para todos", destinado a bebés, crianças pequenas e pais. Autoria de António Rocha. Este espectáculo de objectivos pedagógicos procurou essencialmente o lado lúdico de ensinar/orientar as crianças, principalmente a dimensão mais musical e teatral de "faz-de-conta". Deste modo, o objectivo desta orientação musical é levar as crianças a compreender a música como músicos, ou seja, fazendo audição. Esta é a forma como entendemos a música. Este espectáculo é para se ouvir, quer por bebés e crianças pequenas, quer por adultos de acordo com as capacidades e gosto que cada um possui.

O espectáculo esteve em cena de Setembro a Novembro, com pedido inicial de dois meses, no entanto, devido à grande adesão por parte do público, prolongámo-lo mais um mês, mantendo sala esgotada com lista de espera.

Em resultado destes projectos e numa consolidação da "Armadilha", criámos uma Associação Cultural com o mesmo nome: Armadilha Associação de Teatro e Música com Cultura.

O GRITO


PAQUITA, OU ESTIMULANTE, AMARGO E NECESSÁRIO
de Ernesto Caballero
m/12



20 de Fevereiro às 21:30
">Casa Municipal da Juventude de Cacilhas

Tradução José Vaz Encenação José Vaz Interpretação Eunice Martins Figurinos José Vaz, São - Oficina dos Farrapos Fotografia Nuno Nascimento Grafismo Nuno Nascimento Luz Jorge Xavier Som Nuno Nascimento Cenografia Nuno Nascimento Produção Executiva Cláudia Inglês Caracterização Graça Neves

Paquita é uma mulher só e está apaixonada. Uma mulher vulgar que abusa do café e tem mantido uma vida simples, cinzenta e solitária. Até agora. Enquanto beberrica uma fumegante chávena de café, ela pede ajuda para sair da sua angústia. O seu discurso tem algo de ingénuo e delirante, entre o cómico e o terno. Divertida e inquietante, ela fala-nos dos seus amantes e faz-nos descobrir a pouco e pouco os perigos dessa doença que é o amor.

O público não é apenas espectador mas cúmplice. Inopinadamente, os espectadores vêem-se transportados e sucessivamente imersos em três espaços diversos que remetem para o carácter caleidoscópico da identidade de Paquita.

Esta peça, constituída por três monólogos interligados, foi definida pelo autor como uma "comédia amarga trágico-grotesca, mas tratada com delicadeza" e assenta em aspectos tanto dramáticos como cómicos, sem inteiramente tomar partido numa ou noutra direcção. É uma conversa em discurso directo, estimulante, amargo e necessário, como o café… como o amor.

O Grito

"O Grito" é, no teatro vicentino, a forma específica de prevenir o público de que o espectáculo vai começar, uma versão lusa das "pancadas de Molière". Mas a denominação que escolhemos é também sinal de empenho num teatro que questiona e incomoda. Um teatro que não é "de intervenção" - fórmula sempre redutora - mas que se quer interventor. Para que, num mundo cada vez mais acrítico e conformista, o teatro possa ser ainda "o Grito".


Informações da responsabilidade do Departamento de Acção Socio-Cultural da Câmara Municipal de Almada e Companhia de teatro, excepto hiperligações. Fotografia retirada do programa da 9ª Mostra de teatro de Almada.

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