olhar de frente o espelho o presente
... sai uma pessoa de casa... como quem vai ali num instante... em preparos de domingo... sem querer que o mundo repare... vai ao cinema, à procura de um livro, tomar um café, apanhar um bocado de ar... quase em segredo... envolto em mistério... ninguém a vê... ninguém sabe que saiu...
... e num centro comercial insuspeito, alguém te chama... aquela figura, aquela voz, aquele tom não lhe é estranho... e eis que se apercebe que se trata de alguém do seu passado... um colega de escola... daqueles que foram esquecidos pelo tempo... sorri, sorri sempre, sorri muito, mostra-te afectuoso, simpático, educado, interessado... não hesites na voz, não reveles nada, procura algo para te escapares...
... como estás?... o que estás a fazer?... que te traz aqui...
... e depois, ao longo da conversa, vais ouvindo o desfiar de situações em que se encontram as pessoas que têm comum... vidas breves, vidas que em nada se parecem com a tua... a tua vida que ainda há uma hora tu achavas enfadonha, inútil, surreal, vazia de sentido é agora um mar de acontecimentos, de sucessos, de projectos... não é importante o que dizes, mas a forma como o dizes...
... casar? eu?... oh, eu ando por aí... atento... mas que raio quer isto dizer? porque é que não foste "apanhado" há uns meses atrás... há uns meses atrás a pergunta do casamento teria resposta pronta... mesmo que não estivessem preparados para ela... oh, eu ando por aí...
... mas sê vago, não dês postas, não digas onde moras, não digas nomes, não perguntes muito... perguntas trazem outras perguntas... despede-te depressa... e não te esqueças que afinal, enquanto eles têm trabalhos que os vão afundar para o resto da vida, tu tens algo que não sabes o que é... mas não é aquilo...
... e isso não pode ser mau... podia era ter sido noutro dia...
... despede-te sem trocares desejos de novos encontros... diz só que foi bom voltar a ver a pessoa... mente, sobretudo... e sorri muito...
... não é seres hipócrita... é seres educado.
... sai uma pessoa de casa... como quem vai ali num instante... em preparos de domingo... sem querer que o mundo repare... vai ao cinema, à procura de um livro, tomar um café, apanhar um bocado de ar... quase em segredo... envolto em mistério... ninguém a vê... ninguém sabe que saiu...
... e num centro comercial insuspeito, alguém te chama... aquela figura, aquela voz, aquele tom não lhe é estranho... e eis que se apercebe que se trata de alguém do seu passado... um colega de escola... daqueles que foram esquecidos pelo tempo... sorri, sorri sempre, sorri muito, mostra-te afectuoso, simpático, educado, interessado... não hesites na voz, não reveles nada, procura algo para te escapares...
... como estás?... o que estás a fazer?... que te traz aqui...
... e depois, ao longo da conversa, vais ouvindo o desfiar de situações em que se encontram as pessoas que têm comum... vidas breves, vidas que em nada se parecem com a tua... a tua vida que ainda há uma hora tu achavas enfadonha, inútil, surreal, vazia de sentido é agora um mar de acontecimentos, de sucessos, de projectos... não é importante o que dizes, mas a forma como o dizes...
... casar? eu?... oh, eu ando por aí... atento... mas que raio quer isto dizer? porque é que não foste "apanhado" há uns meses atrás... há uns meses atrás a pergunta do casamento teria resposta pronta... mesmo que não estivessem preparados para ela... oh, eu ando por aí...
... mas sê vago, não dês postas, não digas onde moras, não digas nomes, não perguntes muito... perguntas trazem outras perguntas... despede-te depressa... e não te esqueças que afinal, enquanto eles têm trabalhos que os vão afundar para o resto da vida, tu tens algo que não sabes o que é... mas não é aquilo...
... e isso não pode ser mau... podia era ter sido noutro dia...
... despede-te sem trocares desejos de novos encontros... diz só que foi bom voltar a ver a pessoa... mente, sobretudo... e sorri muito...
... não é seres hipócrita... é seres educado.
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