Poética do quotidiano (LIII)
O Silva, que escreve no Classe Média, diz isto acerca da mentira e da verdade. E daquilo que fazemos por ela.
A Vila
Os meus pais gostam de me contar histórias, relatos de uma Lisboa que se perdeu. Tropeçam regularmente numa não-sei-quantas que era das mulheres mais bonitas de Lisboa ou num não-sei-quantos que era o comandante mais bonito da TAP. Estes míticos não-sei-quantos induzem em mim uma pseudo-saudade dos tempos em que era possível meter no bolso a beleza de uma cidade. Hoje em dia, conheço uma ou duas raparigas de quem dizem o mesmo. No entanto, tanto eu como as pessoas que o dizem, sabemos perfeitamente que isso é mentira. A beleza moderna é tudo menos estanque, mesmo que a cidade às vezes pareça tão pequena como o era há trinta anos.
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1 comentário:
Tiago, muito obrigado por tão honrosa distinção. Abraço.
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