Violeta, puta de guerra
Teatro Focus e Teatro TapaFuros
6ª Mostra de teatro jovem de Lisboa
Teatro Taborda
27 de Novembro
22h
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"Acabada a guerra, as tropas coloniais fazem as malas para voltar para casa. É a última noite de um contingente no território. Dentro das "flats", os soldados comemoram a partida, dançam ou cantam em pequenas festas, um toca harmónica, antevêem a chegada a casa, a namorada, a mulher, os filhos. Violeta, essa, depois de acarinhar dezenas na sua alcova, recorda a vida que levou e está a acabar. Bate de porta em porta pedindo que a levem. Diz que não tem dinheiro. Chama pelos nomes dos antigos "namorados". Mas eles não ouvem - ou não querem ouvir. Têm a música alto ou estão bêbedos, ou tapam os ouvidos. Ela chora, implora, rasga as roupas, oferece-se de graça porta a porta. Mas eles, nada. Divertem-se, riem alto. Numa das "flats", um soldado aumenta o volume do rádio. No fim, ouvem-se botas e hinos revolucionários. Vêm buscá-la para um campo de reeducação. Não pode haver tolerância com quem amou ou fingiu amar os colonialistas. Como Violeta."
Fernando Sousa
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texto fernando sousa encenação mário trigo interpretação joana fartaria, júlio martin e mário trigo movimento stephan jurghens vídeo fernando galrito espaço cénico imaginário colectivo figurinos joão paulo assunção desenho de luz mário trigo sonoplastia sobre motivos de joão lucas fotografia jimmy co-produção teatro focus e teatro tapafuros
O Melhor Anjo também colocou à produção do espectáculo «Violeta, puta de guerra», as perguntas que têm vindo a ser apresentadas juntamente com as sinopses dos espectáculos:
Porque decidiram apresentar a proposta de apresentação do espectáculo à MostraTE? Contributo para uma montra do novo teatro feito na capital ou bolsa de ar para a produção de projectos?
Como contextualizam/posicionam o vosso espectáculo no panorama teatral português? Foi essa uma preocupação quando o produziram?
Que relação se estabelece com o público numa apresentação isolada?
A resposta que recebeu foi a seguinte:
Caro Tiago Bartolomeu Costa:
Não reconheço num blog - nem a tua pessoa me parece investida de qualquer vínculo oficial à 6ª mostra de teatro jovem de Lisboa - a confiança suficiente para tornar públicas as nossas posições culturais no tecido teatral português.
Além do mais achamos um gesto deveras comprometedor lançar para o espaço público quaisquer registos de uma obra teatral assim com tamanha leveza, espondo actores e restantes criadores no que têm de mais pessoal artisticamente, isto é as suas criações.
Sem mais
pelo Teatro Focus Associação:
Mário Trigo
1 comentário:
Tiago, estive a "trabalhar" o blog do meu grupo de teatro ( [A MANCHA] ) e descobri um comentário teu por lá. com calma explicar-te-ei a razão daquele poema. mas por agora tenho a apontar que gosto do teu blog, da informação que traz e além disso gostei da referência ao teatro Taborda e à mostra de teatro jovem.. curioso, esta 4a que passou eu e alguns do elementos d'A MANCHA fomos assistir a "Private Lives" e adorámos. mesmo. voltarei cá. de certeza. *
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