sábado, setembro 25, 2004

poética do quotidiano (XX)

Atendendo ao facto de estar em mudança de casa (coisa que tratarei com mais afinco quando se concretizar), leio, com atraso (o post é de quinta) o desabafo da Sara Cacao, autora do Cacaoccino e vencedora de hoje. Percebo-a perfeitamente. Depois de se sofrer que remédio temos senão gostar do sítio onde moramos?


FECHADA PARA OBRAS...

Obras em casa e quem não as teve?! Estou desde as 9h literalmente fechada para obras, passo a explicar, presa em casa. Uma hora e meia da hora marcada chegaram dois senhores aos quais gentilmente indiquei os três problemas que teríamos que desembolsar do nosso próprio bolso caso tardassem mais em vir porque a casa está a perder o seu cordão umbilical com a construtora e quase a completar cinco aninhos de existência. Todo um mimo se não fosse umas rachas estranhas nas paredes, uma infiltração no soalho de madeira e uma casa de banho com um autoclismo que se julga uma fonte de água natural que pode jorrar para fora a qualquer hora do dia, e sem aviso prévio, ora vejam bem!Há pouco sairam para almoçar e depois ainda iam terminar um trabalho a Carnide - no ponto oposto onde me encontro, mas quem não me manda morar Carnide?! -, só depois e mais à tardinha voltariam para verificar se ficámos com um autoclismo-barragem, i.e., que só faz descargas quando as tem de fazer, e se possível para dentro da retrete e não para fora porque as casas de banho não são ribanceiras, ou pelo menos a nossa!Quando terminarem o trabalho irei vingar-me e sair quicá ao cinema, cantando o downtown da Petula, lá para o centro de Lisboa e bem longe de Carnide[!]

Amanhã é sexta que bom...

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