segunda-feira, setembro 20, 2004

poética do quotidiano (XV)

Hoje, escreve-se sobre relações e amores e visões e generation gaps. Escreve assim o Cachucho, um dos elementos do Enresinados:

AMOR AOS OITENTA!

Tenho dois vizinhos simpáticos.Andam ambos na casa dos oitenta anos e fazem um casal fantástico. Todos os dias a meio da tarde quando o vento se espreguiça pela primeira vez, saem de casa para se instalarem comodamente frente ao prédio onde vivem.Para cruzar a estrada não perderam o hábito de darem a mão, agora talvez mais fustigadas pelos anos que carregam, mas o toque será o mesmo e esse não muda.

Cada um leva consigo religiosamente uma garrafa de água para tentar enganar o calor que vai martirizando o dia.A troca de olhares entre eles continua a mostrar uma paixão que o tempo não desgastou. Depois de no banco instalados teimam em acenar-me em sinal de simpatia apesar de não me conhecerem. Retribuo com um aceno e um sorriso nos lábios que é interrompido por um casal na casa dos trinta em feroz discussão!

2 comentários:

Anónimo disse...

Linda, a lição desse casal: o amor não tem idade!

O Cachucho, que «conheci» há pouco tempo, para além de escrever bem e com sentimento... é um excelente fotógrafo!

Saudações
Carriço - Fragmagens

Anónimo disse...

Palavras simpáticas as vossas.
Muito obrigado.

Abraços
cachucho
http://enresinados.weblog.com.pt