quinta-feira, setembro 16, 2004

poética do quotidiano (XI)

Mais quotidiano que isto é impossível. Hoje descreve-se o 100nada no blog homónimo. Há algum tempo que estava para vencer o prémiozito.

Eu

também a pedais. Esqueçam.

(agora vou ali escrever uma notinha:

Etelvina

Faça o favor de começar a aquecer água assim que chegar que eu, pura e simplesmente não acredito que cortem o gás ao fim da tarde: ou a Etelvina é surda ou saiu mais cedo do que a sua hora. Aliás, também não acredito que a Etelvina não tenha dado pelo carteiro a tocar à porta quando chegou o aviso de corte e sabe bem que me esqueci das chaves de casa na mesa da entrada da casa onde passei férias e que fica a 240 km daqui. Sim, e nas chaves de casa estavam as duas cópias da chave da caixa do correio, que eu pensava que uma era a da garagem e afinal agora nem tenho uma nem outra e sabe-se lá onde é que a Etelvina descolocou a da garagem. Seja lá como for, a verdade é que me espera um duche gelado amanhã de manhã. Eu sei que posso sempre passar sem banho, mas a hipótese não é viável para mim que fui criada a duche matinal a ferver e sem isso não há qualquer forma de funcionamento, o que quer dizer que amanhã é bem possível que não apareçam posts - já viu o problema que está a causar aos meus leitores? E também sei que a conta do gás ficou por pagar mas isso a culpa não é minha que o papel é igual todos os meses e se não havia cacau para pagar a transferência bancária, a culpa também é sua, Etelvina, que me suga o orçamento todo com o seu ordenado maior que o meu. E ainda estou para saber se a ciática que eu tive não foi alguma janela entreaberta a fazer corrente de ar, quando se lembrou de andar a lavar janelas pendurada do lado de fora com uma mão e com o pano na outra. Se cair da janela abaixo, como é, Etelvina? Fico com mais um problema para resolver? Só me dá trablho Etelvina. Só me dá trabalho.
Já agora faça uma sopa de cenoura e arrede o frigorífico para limpar por baixo, apesar de eu já ter tirado três quilos de cotão e a peça do jogo de madeira do Babar que faltava, sim aquela da bicicleta pela qual andava o menino a chorar há dois anos. )
Nota final ao post: qualque semelhança entre este post e a realidade é completamente verdade...menos a parte de ter Etelvina amanhã a aquecer água pois tirou o dia...

1 comentário:

Anónimo disse...

A Etelvina premiada e imortalizada noutro blog...xi...se ela sabe pede logo um aumento. :)
Muito obrigada. Um abraço.

catarina