segunda-feira, setembro 13, 2004

poética do quotidiano (VIII)

O regresso da poética do quotidiano faz-se com um post de ontem, já que a blogosfera parece estar toda à porta do Pavilhão Atlântico. Ainda assim é todo merecido este prémio. Eis o que disse do seu domingo A causa foi modificada:

Chamo-lhe um Figo

Comi um docezinho de figo que não vos digo nada. As migas de espargos também não estavam más, mas como disse logo a minha mãe quando lhe telefonei a falar do assunto: “Isso é coisa de finos!” Gostava então de falar do ser “fino”: ser fino é viver numa casa com chão de madeira de azinho. Isso sim, é ser “fino”. Aposto que até a minha mãe, desde sempre avessa a “finuras”, vacilaria a um soalho forrado a essa nobre madeira em vias de extinção. Para além disso, esta merda mais parece Knossos na dimensão e o arranjo das assoalhadas o labirinto do Minotauro. Uma casa assim, uma biblioteca assim, uma discoteca e uma videoteca assim, ornamentados com uma televisão eventualmente três vezes maiores e com acesso à Sport TV, e, creio bem, jamais voltaria respirar livre.

Zeus queira que os Jogos Olímpicos lhes corram mal; por maradona (com minúscula)

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