Hasta la vista Iraque!
Eu confesso que não sei o que pensar acerca da retirada de tropas do Iraque por parte da Espanha. Percebo o contexto emocional, mas não entendo de que forma pode isso contribuir para uma melhoria do estado das coisas. Ainda que tenham sido declaradas tréguas, não se sabe se estas serão temporárias ou definitivas e muito menos se esta tomada de posição não fragilizará, ainda mais, a posição espanhola no plano internacional. Porque, a bem da verdade, o que Zapatero faria inteligentemente, era terminar a missão no prazo previsto para a transição, proibir a envolvência das tropas espanholas em ataques à rebelião e, em última instância, dizer que iria contribuir para a resolução de uma questão, que outros iniciaram tão mal. Isso sim era saber jogar com todas as armas, passe a infeliz expressão. Infelizmente, eu não vejo outra coisa que um receio de novos confrontos em solo espanhol que, ainda que legítimado, não são menores que em qualquer outro lado do mundo. Porque com os terroristas não se negoceia, Zapatero mostra-se assim, fraco, ainda que num plano imediato, corajoso aos olhos dos seus eleitores. Mas e depois? Parece-me uma atitude um tanto irreflectida e sobretudo demagógica. Eu que não defendi a invasão do Iraque, também não me parece honesto que agora se venham embora como se não fosse nada com eles. É-o, de facto, ainda que se queiram libertar dos fardos do anterior governo. Vamos a ver que custos trará esta decisão.
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