quarta-feira, outubro 08, 2003

Adeus lenine ou o bucolismo serôdio

Tendo a concordar com A Praia na crítica ao filme, ainda que eu não seja fã quer deste quer da amélia histérica ou do albergue espanhol.Parece-me sempre um subterfúgio para a facilidade ao perceberem que as questões levantadas são demasiados pesadas para as respostas que o filme está preparado para dar.
Se for possível, entrem só na 2º parte do filme (se o virem numa sala com intervalo claro) pois só aí o filme caminha para um sentido mais profundo e menos circense, falso e insonso.
Há algo deprofundamente verdadeiro e assuastadoe em Adeus Lenine quando a certa altura Alex, o Poulain da ex-RDA, afirma que o lado oriental que criou é mais verdadeiro que o que existiu, e por isso mais justo. O que nos levaria a falar do conforto da ignorãncia em determinados regimes.
Última questão, antes de bater no Yan Tiersen: será que ninguém viu que a pérche estava sempre presente nos planos?
Eu já tinha detestado a música ecológica e salvífico-sonhadora da fabulosa Amélia, mas que raio deu na cabeça do compositor para sufocar o filme de órgãos electrónicos?

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